São Paulo, sábado, 10 de julho de 2010

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China renova licença do Google no país, afirma companhia

Até ontem, governo chinês não havia confirmado o anúncio
FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM

O Google informou ontem que o governo chinês renovou a sua licença para continuar operando na internet do país, em aparente sinal de que a disputa entre a empresa norte-americana e Pequim chegou ao final.
"Estamos muito felizes de que o governo renovou a nossa licença de ICP [Provedor de Conteúdo de Internet] e ansiosos para continuar disponibilizando o buscador de internet e produtos locais a nossos usuários na China", afirma a nota do Google.
Até ontem à noite em Pequim (11 horas a mais do que o horário de Brasília), o governo chinês não havia ratificado o anúncio do Google.
A crise entre o Google e o governo chinês começou em janeiro, quando a empresa anunciou que deixaria de censurar seu sistema de busca. A internet chinesa tem várias páginas bloqueadas, entre elas Facebook e YouTube, e filtra informações de temas "sensíveis", como a organização religiosa Falun Gong, proibida no país.
Em março, o sistema de busca do site chinês (www.google.com.cn) passou a redirecionar automaticamente seus usuários para a versão de Hong Kong (.hk), fora do alcance da censura de Pequim. O esquema foi considerado "inaceitável" pelo governo chinês, segundo o próprio Google.
No fim de junho, a empresa reativou a página chinesa, mas com um link para o site de busca em Hong Kong. Essa mudança foi o principal argumento do Google para pedir a renovação da licença, atualizada anualmente.
A China é um dos poucos países em que o Google não lidera como buscador -atrai cerca de 30% dos internautas, ante 60% do chinês Baidu. Mas a não renovação da ICP significaria a saída do maior mercado de internet do mundo, com pouco mais de 400 milhões de usuários.


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