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China renova licença do Google no país, afirma companhia
Até ontem, governo chinês não havia confirmado o anúncio
FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM
O Google informou ontem
que o governo chinês renovou a sua licença para continuar operando na internet do
país, em aparente sinal de
que a disputa entre a empresa norte-americana e Pequim
chegou ao final.
"Estamos muito felizes de
que o governo renovou a nossa licença de ICP [Provedor
de Conteúdo de Internet] e
ansiosos para continuar disponibilizando o buscador de
internet e produtos locais a
nossos usuários na China",
afirma a nota do Google.
Até ontem à noite em Pequim (11 horas a mais do que
o horário de Brasília), o governo chinês não havia ratificado o anúncio do Google.
A crise entre o Google e o
governo chinês começou em
janeiro, quando a empresa
anunciou que deixaria de
censurar seu sistema de busca. A internet chinesa tem várias páginas bloqueadas, entre elas Facebook e YouTube,
e filtra informações de temas
"sensíveis", como a organização religiosa Falun Gong,
proibida no país.
Em março, o sistema de
busca do site chinês
(www.google.com.cn) passou a redirecionar automaticamente seus usuários para a
versão de Hong Kong (.hk),
fora do alcance da censura
de Pequim. O esquema foi
considerado "inaceitável"
pelo governo chinês, segundo o próprio Google.
No fim de junho, a empresa reativou a página chinesa,
mas com um link para o site
de busca em Hong Kong. Essa mudança foi o principal
argumento do Google para
pedir a renovação da licença,
atualizada anualmente.
A China é um dos poucos
países em que o Google não
lidera como buscador -atrai
cerca de 30% dos internautas, ante 60% do chinês Baidu. Mas a não renovação da
ICP significaria a saída do
maior mercado de internet
do mundo, com pouco mais
de 400 milhões de usuários.
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