São Paulo, quarta-feira, 10 de agosto de 2011

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Lucro do Banco do Brasil aumenta 23%

Com baixa na inadimplência, maior banco da América Latina bate recorde no 1º semestre, lucrando R$ 6,3 bi

Instituição obtém o segundo melhor resultado da nova safra de balanços, atrás somente do Itaú

FELIPE VANINI BRUNING
COLABORAÇÃO PARA FOLHA

O Banco do Brasil registrou lucro líquido de R$ 6,262 bilhões no primeiro semestre deste ano, com aumento de 23,4% na comparação com igual período de 2010.
Trata-se do segundo melhor resultado da nova safra de balanços divulgados por instituições bancárias, atrás apenas dos R$ 7,1 bilhões obtidos pelo Itaú Unibanco.
Diferentemente dos concorrentes do setor privado, o Banco do Brasil conseguiu manter a qualidade da carteira de empréstimos e registrou queda na inadimplência. "Esperamos manter a inadimplência sem sobressaltos, na casa de 2%", disse o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine.

INADIMPLÊNCIA CAI
A carteira de empréstimos do maior banco da América Latina teve redução de 2,7% para 2% na inadimplência acima de 90 dias na comparação entre o primeiro e o segundo trimestres deste ano. Sob o mesmo critério, o Itaú Unibanco registrou 4,5% de inadimplência em seu balanço mais recente.
"Em relação aos concorrentes privados, o Banco do Brasil mostrou maior qualidade na concessão de crédito. Seus empréstimos continuaram crescendo de forma pujante", afirmou José Augusto Salles, economista da consultoria Lopes Filho. Segundo Bendine, isso reflete a prevalência de empréstimos de menor risco na instituição, como financiamento a veículos e o consignado.

RISCO INTERNACIONAL
Quanto à exposição do Banco do Brasil a títulos internacionais, o vice-presidente de finanças, mercado de capitais e relações com investidores, Ivan de Souza de Monteiro, afirmou que o nível é relativamente baixo em comparação ao total de ativos, de R$ 904 bilhões.
"Temos US$ 1,3 bilhão em títulos do Tesouro americano (que sofreram rebaixamento), € 437 milhões em títulos soberanos da Alemanha e € 98 milhões em títulos da França", afirmou Monteiro.
O presidente do Banco do Brasil descartou novas aquisições no mercado doméstico na esteira da deterioração da economia mundial, a exemplo do que ocorreu na crise de 2008, quando a instituição adquiriu o controle do Banco Votorantim e da Nossa Caixa. "A compra desses dois bancos obedeceu à nossa estratégia de crescer no mercado paulista e de aumentar a participação na financiamento à compra de veículos."
De acordo com ele, o Banco do Brasil também não está em busca de novas compras no exterior. "Estamos satisfeitos com a compra do Banco do Patagônia, na Argentina, que mostra um elevado potencial de crescimento. A aquisição do Eurobank, nos Estados Unidos, ainda está em fase de maturação", disse.


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