São Paulo, sexta-feira, 10 de setembro de 2010

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Serviço no varejo movimenta R$ 1,4 bi

Instalação de computadores e TVs e garantia estendida são a nova fronteira da competição das grandes redes

Crescimento favorece as empresas que instalam e consertam eletrônicos para quem ignora os manuais de instruções

CAMILA FUSCO
DE SÃO PAULO

Instalação de TVs e computadores e suporte a equipamentos, realizados em parceria com empresas especializadas, começam a fazer parte do cardápio trivial de serviços de redes como Extra, Ponto Frio, Casas Bahia, Carrefour e Walmart.
Segundo a Folha apurou, essas ofertas já movimentam cerca de R$ 400 milhões por ano. Na categoria garantia estendida, as cifras chegam a R$ 1 bilhão.
"Hoje o varejo brasileiro é o terceiro maior do mundo, atrás apenas do de Índia e China. Quanto mais madura a população, mais ela gasta com serviços", diz Marcos Gouvêa, da Consultoria GS&MD-Gouvêa de Souza.
O varejo movimenta hoje no país R$ 487,5 bilhões, sendo que eletroeletrônicos e móveis respondem por 16% desse valor, ou R$ 78 bilhões.
Em geral, as redes vendem os serviços de instalação e suporte como uma oferta complementar aos eletrônicos. Com isso, são remuneradas por parceiros como a TecTotal, empresa paulista especializada que tem entre os sócios os fundos Intel Capital e Ideiasnet e a Telefônica.
Diante de margens apertadas e com a competição cada vez mais acirrada, grandes redes de varejo estão reforçando a aposta em serviços.
"A receita com serviços hoje é pequena comparativamente, mas a tendência é de crescimento", afirma.

CONSOLIDAÇÃO
Segundo Gouvêa, diferentemente dos demais emergentes que apresentam grande pulverização, no Brasil, as redes consolidadas já abocanham boa parte do mercado.
"Diante disso, é essencial que as redes mirem serviços para fugir da guerra de preços, que é prejudicial", diz.
Estima-se que a margem de lucro das redes de varejo para computadores esteja entre 20% e 25%, enquanto a de linha branca é de 30%.
Embora expressivos, os números estão em constante pressão, segundo analistas.

EQUIPE PRÓPRIA
A investida em serviços não é novidade para muitos dos varejistas. O Carrefour, por exemplo, criou seus serviços em dezembro de 2007.
Diante do crescimento das oportunidades, porém, algumas redes estão criando diretorias específicas para a área.
A Fnac é um dos exemplos. A companhia acaba de nomear o francês Pierre Paparemborde, egresso do Carrefour, para reforçar a área, que oferece instalação de TVs e computadores. Também está incluída nessa categoria a venda de ingressos para shows e jogos.
Paparemborde deverá preparar a estrutura para a oferta de impressão de fotos sob demanda e download de músicas e livros, que já é oferecida na França. A expectativa é que parte desses serviços seja oferecida ainda em 2010.
Ponto Frio e Casas Bahia também têm diretorias e equipes específicas para a oferta de serviços e acreditam que elas será uma das fontes de renda mais importantes nos próximos anos.


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