São Paulo, sábado, 10 de setembro de 2011

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Vendas de veículos chineses aceleram

Unidades comercializadas de janeiro a agosto de 2011 já representam mais do que o dobro de todo o ano passado

Chineses procuram trabalhar com preços mais baixos, mas ainda enfrentam falta de confiança do mercado


DE SÃO PAULO

Ainda com participação pequena no mercado, as vendas de veículos chineses crescem em ritmo veloz no país.
Ao todo, sete marcas já comercializaram 43.782 veículos de janeiro a agosto, mais do que o dobro das 17.277 unidades vendidas ao longo do ano passado, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).
Os primeiros veículos chineses chegaram ao Brasil em 2008, per meio da montadora Chana, que vendeu 525 unidades naquele ano. Ao longo de 2008, três empresas chinesas venderam 1.031 veículos. Esse número mais que dobrou no ano seguinte, quando duas montadoras chegaram. Foram negociados, ao todo, 2.940 carros.
Em 2010, as vendas dispararam para mais de 17 mil unidades, o que não representou nem 1% do total do mercado. Neste ano, com a chegada da JAC Motors, essa participação já deve passar a barreira de 1%.

MARKETING
Com um maciço investimento em marketing, a JAC comercializou 14.481 carros esse ano, se tornando a principal revendedora chinesa no país. A empresa também planeja fabricar no Brasil a partir de 2014 e estima investir US$ 600 milhões em uma unidade fabril.
Com a estratégia de oferecer preços mais baixos, as montadoras chinesas tentam se estabelecer no Brasil, mas ainda enfrentam a desconfiança de parte do mercado, que questiona a qualidade dos produtos oferecidos.
"Os chineses olham o Brasil como uma forma de mostrar ao mundo uma coisa que eles não conseguiram em outros países", afirma Luis Carlos Mello, do CEA (Centro de Estudos Automotivos).
Para ele, a consolidação dessas marcas vai depender de essas empresas mostrarem o que conseguiram fazer até hoje na China e estabelecerem uma rede de concessionárias no país.
"É um caminho longo. Mas, sem dúvidas, investir em mercados emergentes é a melhor estratégia. É muito mais complicado entrar em mercados maduros", afirma Mello. (CJ)


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