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Telefone celular terá nove dígitos em SP até 2012
Anatel aprova mudança que visa aumentar oferta
de números, já em falta no Estado; medida favorece Oi
Agência deixa de lado plano de adotar um novo código para a Grande São Paulo, o 10, que custaria R$ 150 mi
DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações)
aprovou ontem a mudança
da numeração dos celulares,
que passarão a ter nove dígitos. Em São Paulo, a mudança ocorrerá em até dois anos.
No país, a agência ainda definirá o cronograma.
Até lá, diversas medidas
"paliativas" vão aumentar a
oferta de números, que já estão em falta em São Paulo.
A medida favorece a Oi,
que começou a atuar em telefonia móvel em São Paulo no
fim de 2008.
Hoje, a operadora conta
com 18% de participação de
mercado na Grande São Paulo e com 13% no Estado.
Recentemente, o presidente da operadora, Luiz Eduardo Falco, disse que teria de
"cortar" clientes pré-pagos
que não fazem recarga antes
do tempo previsto para atender novos clientes em São
Paulo.
Atualmente, a operadora
mantém clientes sem recarga
(inativos) por seis meses.
A Folha apurou que a Oi já
estaria com um deficit de 1,5
milhão de números em São
Paulo, algo que impede seu
crescimento.
As demais operadoras têm
reserva de números, o que
garante uma margem de segurança.
MUDANÇAS
A medida mais imediata
será diminuir a "quarentena" dos pré-pagos que ficam
até seis meses sem recarga.
A "quarentena" é um período de adaptação para que
um número desativado não
caia imediatamente no domínio de outro cliente.
Outra medida, e mais impactante, é acrescentar um
nono dígito nos números do
país. Essa medida, que levará
as teles a investir R$ 300 milhões em sistemas de informática, deverá ser cumprida
pelas empresas em até dois
anos em São Paulo.
Depois, a agência vai estabelecer um cronograma para
todo o país adotar o nono dígito nos números de celular.
A agência aprovou ainda
uma mudança no compartilhamento de números da telefonia fixa com celulares.
Alguns números de celulares vão começar com 5 -até
então exclusivo dos telefones
fixos. Com isso, serão liberados 6,9 milhões de novos números.
Com essas medidas, a
Anatel deixou de lado o plano de adotar novo código para a Grande São Paulo, o 10,
que iria dividir espaço com o
11. A medida só foi defendida
pela Oi e custaria investimentos de R$ 150 milhões.
O prefixo 11 é usado hoje
por 35 milhões de pessoas,
sendo que a disponibilidade
é de 37 milhões. Com a mudança, serão 370 milhões.
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