São Paulo, sexta-feira, 11 de março de 2011 |
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Mercado Aberto MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br Mattel tem licença suspensa na Argentina A Mattel, maior fabricante de brinquedos do mundo, teve suspensa sua licença de importação na Argentina. A decisão da Afip (Administração Federal da Entrada de Recursos Públicos), a receita federal do país, foi publicada na sexta-feira e divulgada ontem. A Mattel fabrica a boneca Barbie, além de outras 45 linhas de produtos dessa marca (incluindo joias e artigos de papelaria), e das linhas Mattel Disney e Power Ranger, entre outros. Comunicado oficial da Afip informa que a Mattel está proibida de operar no comércio exterior argentino, após investigação do fisco constatar que a empresa "não apresentou certificados de origem" das mercadorias importadas em 39 operações documentadas na Zona Franca de La Plata. A alfândega ressalta, na nota oficial, que a empresa cometeu "falta grave no exercício da sua atividade". A média anual de importação de brinquedos, bonecas, videogames e jogos da Mattel é de US$ 7.422.884 no período de 2005 a 2010. Segundo fontes do setor, a empresa já vinha fazendo há algum tempo na Argentina operações de importação obtidas na Justiça. O governo argentino decidiu agora brecar as liminares que permitiriam essas importações. O mercado argentino de brinquedos representa cerca de 10% do brasileiro, que movimentou R$ 5 bilhões em 2010, incluindo a produção local e as importações. OUTRO LADO Procurada na Argentina e no Brasil, os responsáveis da Mattel não comentaram a decisão do fisco argentino. Esta foi a segunda notícia envolvendo a principal fabricante de brinquedos do mundo nos últimos oito dias. Na segunda-feira, a Mattel fechou a megaloja que possuía em Xangai, na China, depois de apenas dois anos de funcionamento. A empresa não revelou as razões para o fechamento da loja chinesa, embora a companhia tenha reduzido as metas de vendas do estabelecimento em pelo menos 30% desde a inauguração, em março de 2009. Por meio de um comunicado, a Mattel informou que terá "uma nova estratégia de marca" para a Barbie e irá expandir operações na China neste ano. APRENDEU? Quanto o aluno, de fato, aprendeu? Essa foi uma das questões debatidas no Insper Instituto de Ensino e Pesquisa durante o processo de seis anos para obter a certificação internacional dada pela AACSB (Association to Advance Collegiate Schools of Business), a mais antiga associação de escolas de negócios do mundo. "Pesquisas mostram que três meses depois, a nota da prova [se refeita] cai substancialmente. O aluno não retém", afirma Claudio Haddad, presidente do Insper. "Adotamos medidas para engajar mais o aluno. Professores mudaram seu planejamento de aulas para enfatizar a importância do que é ensinado e a relação com outras matérias." Outra providência, dentre as 72 iniciativas para obter o reconhecimento, foi a contratação de mais professores com doutorado. "Não é fácil contratar porque em algumas áreas demandamos experiência e didática", diz. "Além disso, estimulamos os profissionais a publicar estudos, pois não basta ter o doutorado." "A certificação amplia as oportunidades de intercâmbio de alunos, professores e de produção de conhecimento", acrescenta ele. Bancos criam fundos vinculados ao preço do ouro Com a desvalorização do dólar, bancos têm criado fundos de investimento cuja rentabilidade está associada à variação do preço do ouro. O modelo utilizado pelas instituições financeiras é o de capital protegido. O banco Santander captou, durante o mês de fevereiro, R$ 50 milhões para esse tipo de fundo. O Itaú Unibanco adotou a medida na semana passada. Os clientes Personnalité poderão investir até o final de março, caso o patrimônio não atinja R$ 200 milhões antes dessa data. O HSBC captou R$ 72,6 milhões desde dezembro de 2010, quando criou o seu fundo Smart Ouro. O Banco do Brasil, por sua vez, possui fundo semelhante desde abril de 2009. O rendimento nos últimos 12 meses foi de 8,9% e seu patrimônio líquido é superior a R$ 50,6 milhões. CONTRA FRAUDE Bancos brasileiros investem na digitalização de documentos para evitar fraudes e diminuir gastos com papel. "Além da economia às empresas, que muitas vezes tiram quatro cópias de um documento, o processo facilita a conservação de longo prazo", diz o diretor jurídico da Febraban, Antonio Negrão. Caso seja aprovado projeto de lei sobre o assunto, que aguarda a inclusão na ordem do dia no Senado, os bancos deverão arquivar todos os detalhes sobre movimentações financeiras em uma central. O investimento será pequeno para os grandes bancos, mas as instituições menores terão que terceirizar o serviço, diz Negrão. A digitalização de documentos já é comum para clientes que pedem crédito em bancos e no varejo, afirma Alex Yamamoto, consultor da Acesso Digital, que oferece o serviço. Financeiro O consultor de TI Tom Davenport e o presidente da IDEO Global Design, Tom Kelley, são os dois primeiros nomes confirmados no Ciab Febraban 2011, que será realizado em junho. Rodada A empresa japonesa Nadja Perenne, que importa e distribui cosméticos no país asiático, participa de rodada de negócios da Apex-Brasil. A companhia, que já importa produtos de coloração, negocia no Rio e em SP a compra de cosméticos orgânicos. Novos... A distribuidora Auxter, responsável pela comercialização de 33% de equipamentos e máquinas de construção em 2010 segundo a Abimaq (associação do setor), vai abrir quatro unidades no Estado de São Paulo em 2011. ...ares As inaugurações serão nos municípios de São José dos Campos e Praia Grande, no primeiro semestre, e Bauru e São José do Rio Preto, no segundo. O faturamento da empresa no ano passado foi de R$ 216 milhões. Navio... O combate à pirataria de software cresceu em fevereiro no Brasil. Segundo dados da Abes (Associação Brasileira das Empresas de Software) e da ESA (Entertainment Software Association), foram capturados 406 mil CDs piratas, resultado de 55 operações feitas no país. ...pirata As entidades também afirmam que retiraram do ar 34 sites e 1.600 anúncios destinados à venda de produtos falsificados. Árabe A iHouse fechou acordo com a Hificity, varejista dos Emirados Árabes Unidos, para vender produtos residenciais com tecnologia de automação. Entre os produtos há um aparelho para gerenciar a quantidade de energia elétrica gasta e um dispositivo para controlar ar-condicionado e luzes da casa. CASA ALUGADA As renovações formais de contratos de aluguel residencial registraram alta de quase 50% na capital paulista e na região do ABC no primeiro bimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Entre os contratos renovados formalmente, 73% passaram por reajuste no valor do aluguel. Os dados são de levantamento feito pela empresa de administração imobiliária Lello. Em muitos casos, os valores estavam defasados, de acordo com a empresa. A atualização e a revisão das bases contratuais podem aumentar o rendimento dos proprietários em 15%. DINHEIRO NA MÃO A Agência de Fomento Paulista/Nossa Caixa Desenvolvimento completa hoje dois anos com desembolso de R$ 280 milhões para financiamento a investimentos para pequenas e médias empresas. Inaugurada em março de 2009, com capital de R$ 1 bilhão, a instituição financeira do governo de São Paulo oferece crédito a empresas com rendimento anual de R$ 240 mil até R$ 100 milhões. Em 2011, aumentará o apoio a empresas que tenham incorporado em seus projetos tecnologias de inovação e pesquisa científica. com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, VITOR SION, CLAUDIA ROLLI e LUCAS FERRAZ Próximo Texto: Cotações/Ontem Índice | Comunicar Erros |
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