São Paulo, sexta-feira, 11 de junho de 2010

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Bovespa ganha 2,5% e dólar se retrai

Bom humor global, estimulado por crescimento da balança comercial chinesa, fez principais Bolsas subirem

MMX (6,12%), Gerdau (4,29%) e Vale (1,97%) estão entre as principais responsáveis pela alta em São Paulo

EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO

Em um dia raro, todas as principais Bolsas de Valores subiram, em sintonia com o entusiasmo dos investidores por notícias vindas do Japão, dos EUA e principalmente, da China.
O gigante asiático surpreendeu ao revelar um forte crescimento de sua balança comercial: tanto exportações quanto importações cresceram quase 50%.
As Bolsas europeias, e também a brasileira, são muito influenciadas pelas ações de empresas ligadas a commodities, das quais a China é uma das maiores compradoras globais.
O bom humor global também se justificou pelo desempenho da economia chinesa, que se expandiu a uma taxa de 1,2%, melhor do que o esperado. Nos EUA, o investidor reagiu aos números da balança comercial e do mercado de trabalho.
Os sinais de retomada do crescimento, combinados com o "hiato" de más notícias da Europa, levaram o investidor a voltar às compras, com foco em mineradoras e siderúrgicas.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) teve alta de 2,55%, puxada pela valorização de ações da MMX (6,12%), da Gerdau (4,29%) e da Vale (1,97%), entre outras.
As ações do setor bancário também se destacaram, um dia após o Banco Central ajustar a taxa básica de juros do país para 10,25%, o que tende a encarecer as linhas de crédito: a ação do Itaú-Unibanco ficou 2,68% mais cara, enquanto a ação ordinária do BB ganhou 1,94%.
O sinal verde do Senado para a capitalização da Petrobras teve efeito restrito sobre os papéis da estatal, que subiram pouco mais de 1% no pregão de ontem.
"Acho que foi aquele caso clássico de ações que "sobem no boato e caem no fato". Quando saiu a aprovação finalmente, o mercado não se entusiasmou tanto", comentou Pedro Braz, da mesa de operações da TOV Corretora.
No exterior, a Bolsa japonesa fechou com avanço de 1%. Na Europa, as ações subiram em Londres (0,91%), em Frankfurt (1,2%) e em Paris (2%). A Bolsa de Nova York teve forte ganho, 2,76%.
O dólar foi vendido por R$ 1,810 no mercado brasileiro, em um decréscimo de 2% sobre o fechamento anterior.


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