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Bovespa ganha 2,5% e dólar se retrai
Bom humor global, estimulado por crescimento da balança comercial chinesa, fez principais Bolsas subirem
MMX (6,12%), Gerdau (4,29%) e Vale (1,97%) estão entre as principais responsáveis pela
alta em São Paulo
EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO
Em um dia raro, todas as
principais Bolsas de Valores
subiram, em sintonia com o
entusiasmo dos investidores
por notícias vindas do Japão,
dos EUA e principalmente,
da China.
O gigante asiático surpreendeu ao revelar um forte
crescimento de sua balança
comercial: tanto exportações
quanto importações cresceram quase 50%.
As Bolsas europeias, e
também a brasileira, são
muito influenciadas pelas
ações de empresas ligadas a
commodities, das quais a
China é uma das maiores
compradoras globais.
O bom humor global também se justificou pelo desempenho da economia chinesa, que se expandiu a uma
taxa de 1,2%, melhor do que
o esperado. Nos EUA, o investidor reagiu aos números
da balança comercial e do
mercado de trabalho.
Os sinais de retomada do
crescimento, combinados
com o "hiato" de más notícias da Europa, levaram o investidor a voltar às compras,
com foco em mineradoras e
siderúrgicas.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) teve alta de
2,55%, puxada pela valorização de ações da MMX
(6,12%), da Gerdau (4,29%) e
da Vale (1,97%), entre outras.
As ações do setor bancário
também se destacaram, um
dia após o Banco Central
ajustar a taxa básica de juros
do país para 10,25%, o que
tende a encarecer as linhas
de crédito: a ação do Itaú-Unibanco ficou 2,68% mais
cara, enquanto a ação ordinária do BB ganhou 1,94%.
O sinal verde do Senado
para a capitalização da Petrobras teve efeito restrito sobre
os papéis da estatal, que subiram pouco mais de 1% no
pregão de ontem.
"Acho que foi aquele caso
clássico de ações que "sobem
no boato e caem no fato".
Quando saiu a aprovação finalmente, o mercado não se
entusiasmou tanto", comentou Pedro Braz, da mesa de
operações da TOV Corretora.
No exterior, a Bolsa japonesa fechou com avanço de
1%. Na Europa, as ações subiram em Londres (0,91%),
em Frankfurt (1,2%) e em Paris (2%). A Bolsa de Nova
York teve forte ganho, 2,76%.
O dólar foi vendido por R$
1,810 no mercado brasileiro,
em um decréscimo de 2% sobre o fechamento anterior.
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