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ANÁLISE
Indústria química entra na fase de "aprender com rapidez"
JOÃO LUIZ ZUÑEDA
ESPECIAL PARA A FOLHA
Estimativas sugerem que a
camada do pré-sal brasileiro
possa gerar mais de 100 bilhões de barris de óleo equivalente em reservas e possa
alavancar uma riqueza de
US$ 10 trilhões.
A indústria do petróleo é a
base da indústria química no
mundo e foi a chave para o
desenvolvimento industrial
ao longo do século 20: DuPont e Dow Chemical nos
EUA, Basf e Bayer na Alemanha, Rhodia na França.
No século 21, o Brasil sai na
frente. O país é líder em exploração e produção de petróleo em águas profundas. É
referência mundial no desenvolvimento de tecnologia
"offshore".
Em valor de mercado, a Petrobras já ultrapassou ícones
como a Microsoft e a Shell. O
pré-sal foi a maior descoberta
de petróleo no mundo nos últimos 30 anos.
A década 2010-2020 deverá ser o período do "(...)
aprender com mais rapidez
do que podem inventar(...)"
(Michael Spence, Prêmio Nobel de Economia em 2001) da
indústria química brasileira.
Etapas já foram concluídas, e metas, atingidas com
sucesso. O maior exemplo é a
consolidação de uma empresa petroquímica mundial de
capital brasileiro, alcançada
com a formação da Braskem.
Desde a sua consolidação
recente, a Braskem já buscou
crescimento nas Américas.
No México, firmou acordo
com o grupo Idesa para a produção de eteno e de polietilenos. Nos EUA, a Braskem adquiriu, por US$ 350 milhões,
a Sunoco Chemicals, tornando-se a líder nas Américas e a
3ª maior do mundo em produção de polipropileno.
Uma de suas acionistas, a
Petrobras, já ocupa o quarto
lugar como empresa de energia no ranking elaborado pela consultoria PFC Energy
500, de 2009, atrás apenas
da PetroChina, da ExxonMobil e da australiana BHP Billiton. Isso é um fato.
Mas a indústria química
brasileira é maior que a petroquímica, assim como os
desafios e as oportunidades
com o pré-sal.
A indústria química brasileira é formada por outras indústrias, além da petroquímica: adubos, tintas e vernizes, cosméticos, entre outras.
Segundo a Abiquim (Associação Brasileira da Indústria
Química), a indústria química do Brasil é a nona maior
do mundo. Na década 2010-2020, serão necessários
US$ 167 bilhões em investimentos para consolidá-la como uma das cinco maiores
do mundo na década seguinte, 2020-2030.
A indústria química brasileira já desenvolve tecnologias inovadoras em produtos
renováveis, como a produção de "polietilenos verdes".
JOÃO LUIZ ZUÑEDA é diretor da MaxiQuim
Assessoria de Mercado.
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