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Bolsa quer aumentar liquidez de mercados
Formador de preço fará mínimo de transações
MARIANA SCHREIBER
DE SÃO PAULO
A BM&FBovespa quer aumentar a liquidez dos mercados de opções, ações, ETFs
(fundos atrelados a índices) e
BDRs (recibos de ações de
empresas estrangeiras), elevando o volume de negócios.
Para isso, a Bolsa vai ter
um programa de formadores
de mercado, com objetivo de
reduzir a diferença entre os
preços de compra e venda
("spreads") dos ativos.
A função dos formadores
de mercado é a de movimentar os papéis, oferecendo cotações de compra e venda para atrair investidores e ampliar a liquidez dos ativos.
Segundo Julio Ziegelmann, diretor de renda variável da BM&FBovespa, o programa ainda depende da
aprovação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
A previsão é de que entre
em vigor em dezembro ou, no
máximo, no início de 2011.
O primeiro mercado a ser
beneficiado será o de opções,
hoje fortemente concentrado
em opções de ações de Vale e
Petrobras, as mais negociadas do mundo.
"Vai ter alguém colocando
preço [ordem de compra e
venda] a todo momento. Isso
vai aumentar a liquidez dos
ativos", diz Ziegelmann.
A BM&FBovespa fará uma
concorrência pública para
escolher os formadores de
mercado. A Bolsa quer atrair
os operadores de alta frequência, como bancos, que,
por meio de computadores,
fazem milhões de compras e
vendas por segundo.
Eles serão isentos das taxas de negociação (emolumentos) nos mercados em
que forem formadores.
IBOVESPA
Inicialmente, haverá um
formador de mercado apenas
para as opções do Ibovespa,
o principal índice da Bolsa.
Num segundo momento,
englobará opções das dez
ações de maior participação
na carteira do Ibovespa, exceto Petrobras e Vale.
Considerando a atual composição do índice, entrariam
no programa as opções de
BM&FBovespa, Itaú Unibanco, OGX, Bradesco, Gerdau,
Usiminas, PDG Realt, Banco
do Brasil, CSN, e Itaúsa.
Depois, a intenção é estender o programa para BDRs,
ETFs e ações pouco líquidas.
Sete ETFs são atualmente
negociados na BM&FBovespa. No caso dos seis deles administrados pela BlackRock,
o Citibank foi contratado como formador de mercado.
O Itaú Unibanco administra o ETF mais líquido, atrelado ao Ibovespa. A instituição
administrará também o próximo a ser lançado: o ETF Financeiro, com rentabilidade
atrelada a ações de bancos e
outras empresas do setor.
CRESCIMENTO
A liquidez da maioria das
opções negociadas na BM&F
Bovespa ainda é baixa. Mas o
grande volume de negócios
apenas com opções de ações
da Petrobras e da Vale coloca
a Bolsa brasileira entre as líderes do mercado global.
A aplicação em opções de
ações disparou na BM&FBovespa este ano. O número de
contratos aumentou 80% no
primeiro semestre de 2010 alcançando 424,1 mil.
Entre todas as bolsas do
mundo, apenas a Chicago
Board Options Exchange, especializada no mercado de
opções, negociou mais contratos que a bolsa brasileira.
Durante um mês, em março, a BM&FBovespa ultrapassou a Bolsa de Chicago.
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