São Paulo, segunda-feira, 11 de outubro de 2010

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Meirelles diz que país não pagará por desequilíbrio

DE WASHINGTON
DA ENVIADA A WASHINGTON

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, endureceu o tom ontem e afirmou o Brasil vai usar medidas unilaterais para responder aos desequilíbrios externos, principalmente no câmbio, ainda que concorde com a necessidade de ação coletiva.
"O Brasil vai proteger sua economia. Não vamos pagar o preço do desequilíbrio dos outros", disse.
O discurso-chave da reunião anual do FMI, que terminou ontem em Washington, foi o da coordenação.
Meirelles não se furtou de embarcar na mensagem. Afirmou que o Brasil está "preparado para discutir uma solução global" e que vai propor que as diversas moedas achem caminhos de equilíbrio por flutuações adequadas. Mas reiterou que o "país não aceitará absorver ou importar desequilíbrios" externos.
Ele confirmou que o Brasil está discutindo o tema cambial diretamente com a China -os dois vêm adotando posições similares, principalmente diante do que veem como ameaça mais importante: a expansão monetária dos EUA.
O presidente do BC também abordou a questão do deficit em conta corrente, uma preocupação crescente entre emergentes.
"Estamos tomando medidas prudenciais para evitar acelerar o processo do deficit em conta corrente através de um endividamento excessivo." Para ele, no longo prazo, o Brasil está equilibrado, já que a trajetória da dívida pública é cadente.


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