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Meirelles diz que país não pagará por desequilíbrio
DE WASHINGTON
DA ENVIADA A WASHINGTON
O presidente do Banco
Central, Henrique Meirelles, endureceu o tom ontem e afirmou o Brasil vai
usar medidas unilaterais
para responder aos desequilíbrios externos, principalmente no câmbio, ainda
que concorde com a necessidade de ação coletiva.
"O Brasil vai proteger sua
economia. Não vamos pagar o preço do desequilíbrio
dos outros", disse.
O discurso-chave da reunião anual do FMI, que terminou ontem em Washington, foi o da coordenação.
Meirelles não se furtou de
embarcar na mensagem.
Afirmou que o Brasil está
"preparado para discutir
uma solução global" e que
vai propor que as diversas
moedas achem caminhos
de equilíbrio por flutuações
adequadas. Mas reiterou
que o "país não aceitará absorver ou importar desequilíbrios" externos.
Ele confirmou que o Brasil está discutindo o tema
cambial diretamente com a
China -os dois vêm adotando posições similares,
principalmente diante do
que veem como ameaça
mais importante: a expansão monetária dos EUA.
O presidente do BC também abordou a questão do
deficit em conta corrente,
uma preocupação crescente entre emergentes.
"Estamos tomando medidas prudenciais para evitar
acelerar o processo do deficit em conta corrente através de um endividamento
excessivo." Para ele, no longo prazo, o Brasil está equilibrado, já que a trajetória
da dívida pública é cadente.
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