São Paulo, terça-feira, 11 de outubro de 2011 |
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Pearson paga ida de 12 secretários de educação americanos ao Rio Autoridades teriam escolhido o Brasil 'pela diversidade de sua população estudantil do país' Grupo do 'Financial Times', suspeito de favorecimento, diz que evento foi 'educacional, não comercial' NELSON DE SÁ ARTICULISTA DA FOLHA A Fundação Pearson, ligada ao grupo britânico de mídia e educação Pearson, financiou evento no Rio em setembro que reuniu 12 secretários estaduais de educação dos EUA. O secretário de Iowa manteve blog ao longo da conferência, relatando mesas-redondas e visitas a escolas, mas também postando fotos do Pão de Açúcar e de outras atrações. O evento ecoou no "New York Times", que publicou uma primeira reportagem há três semanas, ouvindo críticos que relacionam a conferência a contratos dos Estados com a Pearson, que fornece serviços de educação. Ontem, o "NYT" publicou que a comissão de ética do governo de Iowa abriu inquérito para averiguar se houve desrespeito à legislação. O presidente da Pearson Brasil, Guy Gerlach, afirma que os eventos não foram realizados pela Fundação Pearson, mas pelo CCSSO, conselho de secretários estaduais dos EUA. A Pearson Brasil "prestou ajuda, combinando palestrantes e visitas, para que os participantes pudessem conhecer a realidade brasileira e ouvir educadores". Em parceria iniciada há quatro anos, a Fundação Pearson faz uma subvenção anual à CCSSO para os Encontros Internacionais de Educação, que foram realizados antes em Cingapura e na Finlândia. "O CCSSO planeja sozinho a agenda e convida seus membros", diz o presidente da fundação, Mark Nieker. "Neste ano, escolheu o Brasil por causa da diversidade significativa de sua população estudantil e pelos desafios que implica." Nieker sublinha que a Pearson é uma entre muitas parceiras do CCSSO, inclusive o "New York Times". A exemplo da Pearson, que publica o "Financial Times", a NYT Company tem uma divisão para serviços de educação, Knowledge Network. E confirma ter patrocinado eventos do CCSSO. O consultor Ryon Braga, da Hoper, diz que "é natural que grandes empresas queiram contato próximo" com autoridades de educação, em eventos do setor. "Se for transparente, é razoável." O problema no Brasil, afirma, é outro: órgãos de educação que "pressionam para comissionar", o que teria se tornado "endêmico". Texto Anterior: Mídia: Acionista controlador do UOL aumenta a sua oferta por ações Próximo Texto: Justiça dos EUA processa executivos brasileiros Índice | Comunicar Erros |
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