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Socorro é ação inédita do Fundo Garantidor
DE SÃO PAULO
O socorro ao Banco Pan
Americano foi uma operação
inédita para o FGC (Fundo
Garantidor de Créditos), que
preferiu emprestar os recursos necessários para manter
o banco funcionando a bancar as perdas que os "financiadores" da instituição teriam em caso de quebra.
Foi o maior empréstimo já
feito pelo FGC, criado em
1995 para cobrir as perdas
dos correntistas, mas que assumiu em 2005 o papel de
comprar carteiras de crédito
de instituições com problemas de liquidez.
O presidente do conselho
de administração do FGC,
Gabriel Jorge Ferreira, justificou a operação afirmando
que, se o fundo tivesse de
bancar os compromissos dos
depositantes, teria um desembolso de aproximadamente R$ 2,3 bilhões.
Ferreira afirma que o banco quebraria se não emprestasse o dinheiro, sofrendo intervenção e posterior liquidação. Nesse caso, o FGC teria
de cobrir todos os CDBs comprados pelos segurados.
O PanAmericano praticamente não tem correntistas,
mas possui dívida com 2.400
depositantes, a maioria grandes investidores que compraram CDBs e que têm direito
especial de cobertura.
Com o socorro, além de
manter o banco funcionando, o FGC tem agora um ativo
de R$ 2,5 bilhões que será pago e corrigido pela inflação
no período de dez anos.
"Foi muito mais vantajoso.
A história mostra que a recuperação de dinheiro em caso
de liquidação é praticamente
zero. A intervenção termina
sempre em liquidação. No
Banco Santos, só recuperamos 25% até agora", disse
Antônio Carlos Bueno, superintendente do FGC.
O fundo é responsável por
cobrir as perdas dos correntistas de até R$ 60 mil e mais
das instituições que voluntariamente decidiram elevar
suas contribuições.
O Fundo Garantidor tem
recursos de R$ 28 bilhões, o
quinto maior patrimônio do
sistema financeiro nacional,
atrás apenas das posições de
Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander.
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