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VAIVÉM
MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br
Algodão sobe e área aumenta acima de 30%
Esquecido nos últimos
anos por parte dos produtores, o algodão se transforma
em uma das boas opções de
plantio nesta safra 2010/11.
Os estoques internacionais estão baixos, a demanda
continua aquecida e houve
queda de produção em alguns dos principais países
produtores.
O resultado foi a elevação
dos preços mundiais para os
maiores valores em 140 anos
nas principais Bolsas de negociações.
Tudo isso levou os produtores brasileiros a ampliar a
área semeada, que poderá
atingir até 1,14 milhão de
hectares, segundo a estimativa mais otimista da Conab
(Companhia Nacional de
Abastecimento), 37% mais
do que no ano passado.
O órgão tem também uma
estimativa mais pessimista,
que indica 1,08 milhão de
hectares. Nesse caso, o aumento seria de 29%.
A consultoria AgraFNP,
especializada em informações no setor do agronegócio, também prevê um bom
avanço na área: será semeado 1,09 milhão de hectares,
31% mais do que em 2009.
A área de algodão no país
chegou a 4,1 milhões de hectares na safra 1976/77, mas
doenças e rentabilidade
maior de outros produtos fizeram a área recuar para até
657 mil hectares em 96/97.
A produção brasileira da
pluma deverá atingir até 1,7
milhão de toneladas, 46%
mais do que a obtida na safra
anterior, segundo a Conab.
Os dados da AgraFNP também indicam produção de 1,7
milhão de toneladas.
"Em muitas regiões, o algodão vinha sumindo e perdendo território para soja e
cana. Com o atraso na safra
de verão dessas culturas, o
cotonicultor resolveu focar o
plantio da pluma para esta
primeira safra", avalia Fernando Terao, analista de
grãos da AgraFNP.
Os preços continuam subindo e atingiram US$ 1,46
por libra-peso (454 gramas)
ontem em Nova York. No
mercado interno, as cotações
do Cepea indicam R$ 2,72.
Parou A arroba do boi
gordo, após forte escalada
de preços nas últimas semanas, perdeu força ontem
e recuou. Dados do Cepea
indicaram que a média ponderada de preços recuou
para R$ 116,18, com queda
de 0,9% no dia.
Quanto sobe Essa
queda no preço do boi é a
primeira desde o início de
outubro. No dia 6 do mês
passado, a arroba era negociada a R$ 94,60, segundo o
Cepea. De lá para cá, teve
alta acumulada de 23%.
PEP A Conab fará leilões
de PEP (Prêmio de Escoamento de Produto) para arroz e trigo. Os leilões visam
garantir os preços mínimos
de R$ 25,80 por saca de 50
quilos para o arroz e de R$
477 por tonelada para o trigo-pão tipo 1, diz a Conab.
Em queda O mercado
de commodities agrícolas
fechou em baixa ontem nos
mercados de Nova York e de
Chicago. O algodão liderou
a queda em Nova York, com
recuo de 3,7%.
Com KARLA DOMINGUES
Com alta do
boi, picanha
já sobe 22%
Os consumidores paulistanos que foram aos supermercados na primeira semana
deste mês pagaram 22% mais
pelo quilo de picanha do que
pagavam no início de outubro. A alta do filé-mignon foi
de 17% no período.
Os dados são da Fipe e indicam que o varejo já começa
a repassar a forte alta de preços que o boi vem tendo nas
últimas semanas no pasto.
A falta de animais para
abate já levou os preços da
arroba para R$ 116, segundo
apuração de preços do Cepea. A AgraFNP, que também acompanha esse setor,
aponta R$ 115 por arroba.
Pelos dados dos confinadores e dos pecuaristas, o
consumidor vai pagar mais
caro pela carne nas próximas
semanas. A oferta de boi continuará escassa, inclusive a
de animais confinados que
abastecem parte do mercado
neste período de entressafra.
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