São Paulo, segunda-feira, 12 de julho de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FINANÇAS PESSOAIS

MARCIA DESSEN marcia.dessen@bmibrasil.com.br

Invista em títulos públicos, o governo federal garante

SABEMOS QUE não é fácil encontrar um investimento que reúna os três atributos cobiçados pelos investidores: segurança, rentabilidade e liquidez. Hoje vamos conversar sobre uma alternativa de investimento acessível a qualquer um de nós e que proporciona a combinação dos atributos citados. São os títulos públicos negociados diretamente com o Tesouro Nacional. A segurança decorre da indiscutível capacidade de pagamento do tomador dos recursos, que cumpre sua obrigação de resgatar o título e devolver o dinheiro para o investidor na data prevista em contrato. Os títulos públicos são os mais seguros do mercado, apontados como "livres de risco", considerando-se quase nula a possibilidade de o governo federal não resgatar seus títulos. A rentabilidade decorre de dois fatores combinados: o investidor deve obter uma taxa de juros elevada, mesmo com pequenos valores para investir, e os custos da transação devem ser os mais baixos possíveis. A taxa de juros elevada é assegurada ao investidor pois os títulos são negociados diretamente com o Tesouro Nacional.
ESCOLHA
Além disso, o investidor poderá escolher o título que paga a taxa de juros mais adequada ao seu objetivo de investimento, entre os diversos tipos de títulos que o governo oferece. A liquidez decorre da possibilidade do investidor vender o título a qualquer momento e receber o seu capital de volta. O Tesouro Direto apresenta cotações de compra todas as quartas-feiras, oferecendo, portanto, liquidez semanal aos investidores. Não há prazo de carência para o investidor revender os títulos ao Tesouro Direto, nem limite no valor da recompra. O preço de recompra é definido pelos preços praticados no mercado. O investidor que ficar com os títulos até a data de vencimento receberá exatamente a rentabilidade bruta informada na hora da compra. Os investidores que desejam adquirir títulos públicos no Tesouro Direto devem se cadastrar em um dos agentes de custódia habilitados, conforme lista no site www. tesourodireto.gov.br. Essa instituição financeira será responsável pela guarda dos títulos públicos na BM&FBovespa, repasse de recursos financeiros referentes ao pagamento de juros e resgates ao investidor e recolhimento de impostos. Limites de compra: o limite mínimo de compra por investidor é a fração de 0,2 título (aproximadamente R$ 200) e o máximo de R$ 400 mil por mês.

CUSTOS
As compras de títulos realizadas no Tesouro Direto estão sujeitas ao pagamento de três taxas de serviço: 1) No momento da compra, a BM&FBovespa cobra taxa de negociação de 0,10% sobre o valor da operação; 2) O agente de custódia cobra 0,30% ao ano sobre o valor dos títulos, referente aos serviços de custódia; 3) O agente de custódia também cobra taxa de serviço livremente acordada com o investidor. As taxas cobradas pelas instituições estão disponíveis para consulta no site do Tesouro Direto e devem ser confirmadas no momento da contratação. O IR sobre os rendimentos será recolhido na fonte, sendo a alíquota definida pelo prazo da operação. As alíquotas vigentes são de 22,5% para operações de até 180 dias, 20% para operações entre 181 e 360 dias, 17,5% para operações entre 361 e 720 dias e 15% para operações a partir de 721 dias. Segundo a BM&FBovespa, em maio de 2010 mais de 190 mil investidores estavam cadastrados no Tesouro Direto. Naquele mês foram realizadas 11.077 operações, com valor médio de R$ 15.315 por operação. Faça parte desse grupo você também.

MARCIA DESSEN, CFP, é sócia e diretora-executiva do BMI Brazilian Management Institute, professora convidada da Fundação Dom Cabral e cofundadora do Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros.



Texto Anterior: Investimentos focam metas agressivas
Próximo Texto: Dicas que valem dinheiro
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.