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FINANÇAS PESSOAIS
MARCIA DESSEN marcia.dessen@bmibrasil.com.br
Invista em títulos públicos, o governo federal garante
SABEMOS QUE não é fácil
encontrar um investimento
que reúna os três atributos
cobiçados pelos investidores: segurança, rentabilidade e liquidez.
Hoje vamos conversar sobre uma alternativa de investimento acessível a qualquer
um de nós e que proporciona
a combinação dos atributos
citados. São os títulos públicos negociados diretamente
com o Tesouro Nacional.
A segurança decorre da indiscutível capacidade de pagamento do tomador dos recursos, que cumpre sua obrigação de resgatar o título e
devolver o dinheiro para o investidor na data prevista em
contrato.
Os títulos públicos são os
mais seguros do mercado,
apontados como "livres de
risco", considerando-se quase nula a possibilidade de o
governo federal não resgatar
seus títulos.
A rentabilidade decorre de
dois fatores combinados: o
investidor deve obter uma taxa de juros elevada, mesmo
com pequenos valores para
investir, e os custos da transação devem ser os mais baixos possíveis.
A taxa de juros elevada é
assegurada ao investidor
pois os títulos são negociados diretamente com o Tesouro Nacional.
ESCOLHA
Além disso, o investidor
poderá escolher o título que
paga a taxa de juros mais
adequada ao seu objetivo de
investimento, entre os diversos tipos de títulos que o governo oferece.
A liquidez decorre da possibilidade do investidor vender o título a qualquer momento e receber o seu capital
de volta.
O Tesouro Direto apresenta cotações de compra todas
as quartas-feiras, oferecendo, portanto, liquidez semanal aos investidores.
Não há prazo de carência
para o investidor revender os
títulos ao Tesouro Direto,
nem limite no valor da recompra. O preço de recompra é definido pelos preços
praticados no mercado.
O investidor que ficar com
os títulos até a data de vencimento receberá exatamente
a rentabilidade bruta informada na hora da compra.
Os investidores que desejam adquirir títulos públicos
no Tesouro Direto devem se
cadastrar em um dos agentes
de custódia habilitados, conforme lista no site www.
tesourodireto.gov.br.
Essa instituição financeira
será responsável pela guarda
dos títulos públicos na
BM&FBovespa, repasse de
recursos financeiros referentes ao pagamento de juros e
resgates ao investidor e recolhimento de impostos.
Limites de compra: o limite mínimo de compra por investidor é a fração de 0,2 título (aproximadamente R$
200) e o máximo de R$ 400
mil por mês.
CUSTOS
As compras de títulos realizadas no Tesouro Direto estão sujeitas ao pagamento de
três taxas de serviço:
1) No momento da compra,
a BM&FBovespa cobra taxa
de negociação de 0,10% sobre o valor da operação;
2) O agente de custódia cobra 0,30% ao ano sobre o valor dos títulos, referente aos
serviços de custódia;
3) O agente de custódia
também cobra taxa de serviço livremente acordada com
o investidor.
As taxas cobradas pelas
instituições estão disponíveis para consulta no site do
Tesouro Direto e devem ser
confirmadas no momento da
contratação.
O IR sobre os rendimentos
será recolhido na fonte, sendo a alíquota definida pelo
prazo da operação.
As alíquotas vigentes são
de 22,5% para operações de
até 180 dias, 20% para operações entre 181 e 360 dias,
17,5% para operações entre
361 e 720 dias e 15% para operações a partir de 721 dias.
Segundo a BM&FBovespa,
em maio de 2010 mais de 190
mil investidores estavam cadastrados no Tesouro Direto.
Naquele mês foram realizadas 11.077 operações, com
valor médio de R$ 15.315 por
operação.
Faça parte desse grupo você também.
MARCIA DESSEN, CFP, é sócia e diretora-executiva do BMI Brazilian Management
Institute, professora convidada da
Fundação Dom Cabral e cofundadora do
Instituto Brasileiro de Certificação de
Profissionais Financeiros.
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