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Ex-nº 1 de banco é sócio em 20 empresas
Levantamento da Junta Comercial de São Paulo mostra negócios diversificados de ex-presidente do PanAmericano
Rafael Palladino, primo
da mulher de Silvio
Santos, foi professor de
educação física e dono
de posto de gasolina
CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO
Afastado do cargo de presidente do PanAmericano há
três dias, Rafael Palladino,
59, não tem o perfil de executivo do mercado financeiro
nem costuma circular entre
banqueiros.
Formado em educação física pela Universidade de
São Paulo, Palladino trabalhou como personal trainer e
foi professor durante 12 anos.
Aos 32 anos, deixou as salas
de aula para se dedicar às
academias de ginástica.
Foi nessa época que o executivo começou a ter contato
com a área comercial -cuidou dos negócios de oito academias e, com isso, diz ter ganhado experiência em vendas e marketing.
O empresário foi diversificando os negócios e montou
uma rede de postos de gasolina em São Paulo e no Rio.
Atualmente, ainda é sócio de
três postos em São Paulo, segundo levantamento feito
ontem na Junta Comercial.
No levantamento, Palladino aparece como sócio em 20
empresas, incluindo também as ligadas ao grupo Silvio Santos, como o PanAmericano, o Bau Distribuidora
de Títulos e Valores Imobiliários, a Liderança Capitalização S.A. e a TV Studios
Anhanguera.
EM FAMÍLIA
Palladino é primo de primeiro grau de Íris Abravanel,
mulher de Silvio Santos, que
o convidou em 1990 para assessorar o grupo empresarial
na área imobiliária.
Um ano mais tarde, foi trabalhar na área financeira do
grupo, responsável pelo Banco Financeiro, que teve o nome alterado mais tarde para
Banco PanAmericano.
No comando da instituição financeira, Palladino tinha autonomia para cuidar
do banco e de negócios considerados prioritários para
Silvio Santos, como o hotel
de luxo Sofitel, no Guarujá,
aberto no início de 2007.
Palladino ajudou a comandar o projeto ao lado de
Patrícia Abravanel, a filha
"de número quatro" do empresário, que comanda hoje
o SBT. A proximidade com
Patrícia começou quando ela
foi estagiária do banqueiro
no PanAmericano.
Ninguém arrisca a dizer a
remuneração de Palladino
no comando do banco. Em
um relatório de informações
que consta na CVM, a maior
remuneração individual paga no ano passado à diretoria
foi de R$ 960 mil.
EMPRESA COMO ESPORTE
Quem trabalhou ao seu lado no banco diz que Palladino tem perfil "motivador"
-que se assemelha ao do
empresário Silvio Santos.
"Acredito que uma empresa funciona exatamente como o esporte. Se tiver técnico
e jogadores bons, o negócio
caminha. Se todos estiverem
motivados, a possibilidade
de ganhar o jogo é muito
maior", disse em uma entrevista a uma empresa de RH.
Aos amigos, Palladino costuma afirmar que o lema de
sua vida é: "A gente não espera um mundo melhor. A
gente faz".
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