São Paulo, sexta-feira, 12 de novembro de 2010

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Ex-nº 1 de banco é sócio em 20 empresas

Levantamento da Junta Comercial de São Paulo mostra negócios diversificados de ex-presidente do PanAmericano

Rafael Palladino, primo da mulher de Silvio Santos, foi professor de educação física e dono de posto de gasolina

CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO

Afastado do cargo de presidente do PanAmericano há três dias, Rafael Palladino, 59, não tem o perfil de executivo do mercado financeiro nem costuma circular entre banqueiros.
Formado em educação física pela Universidade de São Paulo, Palladino trabalhou como personal trainer e foi professor durante 12 anos. Aos 32 anos, deixou as salas de aula para se dedicar às academias de ginástica.
Foi nessa época que o executivo começou a ter contato com a área comercial -cuidou dos negócios de oito academias e, com isso, diz ter ganhado experiência em vendas e marketing.
O empresário foi diversificando os negócios e montou uma rede de postos de gasolina em São Paulo e no Rio. Atualmente, ainda é sócio de três postos em São Paulo, segundo levantamento feito ontem na Junta Comercial.
No levantamento, Palladino aparece como sócio em 20 empresas, incluindo também as ligadas ao grupo Silvio Santos, como o PanAmericano, o Bau Distribuidora de Títulos e Valores Imobiliários, a Liderança Capitalização S.A. e a TV Studios Anhanguera.

EM FAMÍLIA
Palladino é primo de primeiro grau de Íris Abravanel, mulher de Silvio Santos, que o convidou em 1990 para assessorar o grupo empresarial na área imobiliária.
Um ano mais tarde, foi trabalhar na área financeira do grupo, responsável pelo Banco Financeiro, que teve o nome alterado mais tarde para Banco PanAmericano.
No comando da instituição financeira, Palladino tinha autonomia para cuidar do banco e de negócios considerados prioritários para Silvio Santos, como o hotel de luxo Sofitel, no Guarujá, aberto no início de 2007.
Palladino ajudou a comandar o projeto ao lado de Patrícia Abravanel, a filha "de número quatro" do empresário, que comanda hoje o SBT. A proximidade com Patrícia começou quando ela foi estagiária do banqueiro no PanAmericano.
Ninguém arrisca a dizer a remuneração de Palladino no comando do banco. Em um relatório de informações que consta na CVM, a maior remuneração individual paga no ano passado à diretoria foi de R$ 960 mil.

EMPRESA COMO ESPORTE
Quem trabalhou ao seu lado no banco diz que Palladino tem perfil "motivador" -que se assemelha ao do empresário Silvio Santos.
"Acredito que uma empresa funciona exatamente como o esporte. Se tiver técnico e jogadores bons, o negócio caminha. Se todos estiverem motivados, a possibilidade de ganhar o jogo é muito maior", disse em uma entrevista a uma empresa de RH.
Aos amigos, Palladino costuma afirmar que o lema de sua vida é: "A gente não espera um mundo melhor. A gente faz".


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