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MERCADO ABERTO
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Lupi defende "PAC" para
o mercado de trabalho
O ministro do Trabalho,
Carlos Lupi, estuda criar um
"PAQ" (Programa de Aceleração da Qualificação) para
qualificar tanto trabalhadores que estão no mercado de
trabalho como fora dele.
"Já existe o PAC com "C", o
Programa de Aceleração do
Crescimento. Agora queremos um PAC com "Q", de qualificação", disse Lupi.
O ministro pretende formatar o programa, que deverá envolver todas as regiões e
setores econômicos, em cerca de três meses.
Uma das ideias é levar ao
mercado de trabalho aposentados, fornecendo-lhes cursos de atualização, e jovens
sem experiência. O plano deverá, porém, priorizar o atendimento aos que procuram o
primeiro emprego e pessoas
de baixa renda.
Em 2009, cerca de 900 mil
vagas ofertadas pelo Sine
(Sistema Nacional de Emprego) do ministério não foram
preenchidas por falta de habilitação dos candidatos.
"A qualificação tem de estar em pauta já que o país vai
sediar eventos como a Olimpíada e a Copa do Mundo. É
uma oportunidade para que
principalmente o setor de
serviços e o da construção civil possam se expandir e capacitar seus trabalhadores."
O ministério vai mapear a
mão de obra que busca emprego e não consegue para
depois fazer o planejamento
dos cursos úteis para esses
trabalhadores.
"No interior de SP, por
exemplo, a mecanização acelerada na área agrícola e sucroalcooleira mudou o perfil
do trabalhador necessário
para trabalhar na colheita da
cana", disse o ministro.
"Ele tem de operar máquinas, tem de ter um conhecimento que antes não era necessário. O trabalho braçal
está praticamente extinto na
região", acrescentou.
Sobra anual do abono salarial bancaria "PAQ", diz ministro
Uma das fontes de custeio
do "PAQ" seria parte dos recursos do abono salarial que
os trabalhadores deixam de
resgatar todo ano.
"São 17 milhões de trabalhadores com direito a receber 1,5 salário mínimo referente ao abono e outros cerca
de 6,5 milhões que recebem o
seguro-desemprego. Como
um percentual em torno de
2% deixa de receber os benefícios, o dinheiro voltaria ao
trabalhador por meio do programa de qualificação", explica o ministro do Trabalho.
Hoje os recursos que não
são resgatados voltam para o
Fundo de Amparo ao Trabalhador. "São cerca de R$ 300
milhões por ano", afirma.
Segundo o ministro, o plano poderia ter a participação
de Estados e municípios, que
receberiam recursos para
qualificar os trabalhadores.
A participação das centrais
sindicais está descartada.
"Podemos fazer a chamada pública, que é como uma
licitação em que o governo
apresenta o projeto, os interessados se inscrevem e vence o melhor preço", diz Lupi.
O ministro afirma que criará o selo-qualidade da qualificação. O objetivo da medida é ver quais empresas colocam mais profissionais no
mercado após a qualificação,
medir as que têm menor evasão escolar, entre outros.
CHECK-IN EM BELO HORIZONTE
Com o foco em turismo
de negócios, a rede hoteleira InterCity vai estrear a
bandeira em Minas Gerais.
Com 286 apartamentos
de categoria econômica, o
empreendimento será
construído em Belo Horizonte, em parceria com as
empresas Castelo Engenharia e Verde Imóveis.
"A demanda em BH, que
é uma grande cidade de negócios, está forte. A localização foi estratégica, próxima ao centro de convenções", diz Alexandre Gehlen, fundador da rede.
Até o final do primeiro trimestre, a empresa vai iniciar a construção de mais
dois hotéis: em Montenegro
(RS) e em Itaboraí (RJ). Os
três projetos receberão investimentos de aproximadamente R$ 100 milhões.
"Em 2010, o mercado de
hotelaria de negócios cresceu acima das projeções para o PIB, o dobro. Não são a
Olimpíada ou a Copa que
viabilizam o crescimento, e
sim a necessidade das pessoas de viajar a negócios",
diz Gehlen.
Presente em sete Estados, com 16 hotéis em operação, a rede, com sede em
Porto Alegre, busca novos
negócios. "Curitiba, Recife,
Brasília e o interior de São
Paulo estão no alvo."
TRILHÃO
Os pagamentos feitos por
empresas por meio do Banco
do Brasil superaram R$ 1 trilhão em 2010. Neste montante estão incluídos operações
com títulos, TED/DOC, crédito em conta-corrente e pagamentos contra-recibo. Em
2009, o valor registrado foi
de R$ 989,5 bilhões e em
2010, de exatos R$ 1,225 trilhão, uma alta de 23,83%.
INVESTIMENTO EM MAQUINÁRIO
A indústria brasileira é
uma das quatro que mais investirão em máquinas no
mundo em 2011, segundo estudo da consultoria Grant
Thornton International.
Um dos motivos para o aumento da compra de maquinários é a valorização do real.
Os outros três países que
se destacam no quesito são
Chile, Armênia e Filipinas.
Já Grécia, Holanda, Irlanda e Japão diminuirão os investimentos nesse setor, de
acordo com a consultoria.
A pesquisa também mostrou que Argentina, Índia e
Turquia apresentarão altos
índices de inflação neste ano.
A Grant Thornton entrevistou, entre novembro e dezembro passados, 5.700 executivos de todo o mundo.
Os mais confiantes são os
latino-americanos.
Entre os empresários ouvidos na região, 78% responderam que estão otimistas
com os seus negócios.
VESTIR
A CAMISA
O INDG (Instituto de Desenvolvimento Gerencial),
fundado por Vicente Falconi, empossou ontem Mateus Bandeira como novo
presidente da consultoria.
O executivo substitui o
cofundador José Martins de
Godoy, que assume a presidência do conselho.
Agora os fundadores Falconi e Godoy deixam o dia a
dia do instituto. "Embora
permaneçam no conselho,
é uma grande mudança",
diz Bandeira, que já conheceu a consultoria do ponto
de vista de cliente, quando
foi diretor do Tesouro do Rio
Grande do Sul, secretário de
Planejamento e Gestão e
presidente do Banrisul, cargo que acaba de deixar.
Em 2010, o faturamento
do INDG foi R$ 307,8 milhões, alta de 56%. Do total,
79% correspondem a empresas nacionais, 8%, estrangeiras e 13%, setor público.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, VITOR SION e CLAUDIA ROLLI
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