São Paulo, quarta-feira, 13 de abril de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo. Eike cria Bolsa para negociar energia Batizada de Brix, plataforma será voltada para grandes consumidores, como indústrias, shoppings e supermercados Objetivo é triplicar o volume de negócios no mercado livre de energia, que hoje representa R$ 25 bi JANAINA LAGE DO RIO O empresário Eike Batista lançou ontem uma plataforma eletrônica para negociação de energia elétrica. Batizada de Brix, ela é voltada para os 1.400 agentes que atuam nesse segmento, que tem como principais consumidores indústrias, shoppings e supermercados. O mercado livre representa 26% da energia consumida no país. A nova plataforma entra em operação em junho. Segundo Marcelo Mello, presidente da Brix, diversas empresas manifestaram interesse em participar, como Petrobras, Vale, Votorantim, Camargo Corrêa, Alcoa, CSN e MPX, entre outras. A expectativa da Brix é triplicar em um período de 3 a 5 anos o volume de negócios no mercado livre. Isso significaria passar do patamar de R$ 25 bilhões para R$ 75 bilhões por ano. Eike tem como sócios no empreendimento o ex-presidente da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) Roberto Timóteo da Costa, o presidente da Coteminas, Josué Gomes da Silva, Marcelo Parodi, presidente da Compass Energia, e a Intercontinental Exchange (ICE). Os sócios investiram R$ 15 milhões e podem colocar mais R$ 10 milhões. A ICE é líder em negociação eletrônica nos mercados de energia elétrica, petróleo e produtos agrícolas. Somente em contratos de energia nos EUA, negociou em 2009 o equivalente a 15 vezes a carga de energia no Brasil. Ao apresentar a empresa, Eike disse que a ICE é "o Facebook da tecnologia no setor elétrico" e intitulou a si mesmo como um "guerreiro da eficiência no país". Atualmente, a negociação de contratos de energia no mercado livre é feita por telefone. Com a nova plataforma, Mello afirma que o mercado ganhará mais transparência e agilidade. Para Eike, a tendência é que, no futuro, a Brix incorpore negociações de contratos de petróleo. A OGX, uma das empresas de Eike, teria interesse em participar. Inicialmente, a Brix vai focar somente em energia elétrica. Uma das novidades será a criação do Brix Spot, um índice que refletirá o valor dos contratos para o mês de referência. Na primeira fase, só serão permitidos contratos bilaterais que envolvem a entrega ou recebimento físico de energia. Na segunda fase, as instituições financeiras passarão a fazer parte e a Brix terá contratos com liquidação financeira. Somente na terceira fase serão permitidos contratos multilaterais, com a criação de uma câmara de compensação e liquidação. Texto Anterior: Internet 2: Americano diz ser dono de 50% do Facebook Próximo Texto: Energia nuclear é "um monstro", diz empresário Índice | Comunicar Erros

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