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Bovespa quer levar ações brasileiras para Hong Kong
Em troca, investidor brasileiro também poderia operar com papéis chineses
Negociação entraria
em vigor em janeiro de 2012; negócios na Ásia ocorreriam durante a madrugada no Brasil
DE SÃO PAULO
A BM&FBovespa pretende
levar as transações com
ações brasileiras para negociação, a partir de janeiro de
2012, à Bolsa de Hong Kong,
vitrina internacional do mercado acionário asiático.
Em troca, os investidores
brasileiros também poderão
operar com papéis chineses.
A proposta é criar um mecanismo eletrônico de dupla
listagem, em que os papéis
das empresas fiquem disponíveis para negócios nos dois
mercados ao mesmo tempo.
Dessa forma, as empresas
não precisariam seguir os
trâmites burocráticos para
submeter individualmente
suas ações às regras locais.
Hoje, uma empresa estrangeira que pretenda ter seus
papéis negociados no Brasil
precisa emitir BDRs, uma espécie de recibo conversível
na ação de outro país.
A emissão de BDR, que
passa pela CVM (Comissão
de Valores Mobiliários), costuma ser liberada só para negociação entre grandes investidores, como fundos de
investimento. Pela dupla listagem, ficarão acessíveis ao
pequeno investidor.
Quando o mecanismo funcionar, os papéis de empresas brasileiras passarão a ser
negociados na Ásia durante
a madrugada no Brasil. Os investidores brasileiros iniciarão as transações locais já
com a referência de preços da
Ásia, com cotação 24 horas.
Segundo a Bolsa, a iniciativa é inédita no mundo e nenhum outro mercado desenvolveu uma parceria do tipo.
Como o Brasil, a China tem
um dos mercados de ações
de maior crescimento no
mundo. No país, quase não
existe investimentos em renda fixa e grande parte da população aplica suas economias em ações.
(TONI SCIARRETTA)
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