|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ANP interdita plataforma da Petrobras por falta de segurança
Agência também autua empresa, que diz não ter sido notificada
CIRILO JUNIOR
DO RIO
A ANP (Agência Nacional
do Petróleo) determinou ontem a paralisação das operações da plataforma P-33, da
Petrobras, pois considerou
que a unidade de produção
não apresenta condições de
segurança adequadas. Além
da paralisação, a agência
também autuou a empresa.
A Petrobras informou que
não foi notificada pela ANP.
A plataforma produz 20 mil
barris de petróleo por dia. A
produção diária da empresa
é de 2 milhões de barris.
A medida será válida até
que "os níveis de segurança
requeridos sejam restabelecidos", disse a ANP, que vistoriou a P-33 nesta semana.
Situada no campo de Marlim, na bacia de Campos, a P-33 teve suas condições denunciadas por petroleiros ao
Ministério do Trabalho. A
Justiça chegou a mandar suspender as operações, mas a
estatal obteve liminar que
cassou os efeitos da medida.
Relatório preliminar do
Ministério do Trabalho, baseado em vistoria feita no último dia 3, indicou problemas de manutenção na plataforma. Entre as 11 irregularidades, estão válvulas e piso
com corrosão, fiação correndo sobre cavaletes, problemas de drenagem superficial
causados por entupimento
com areia proveniente de alguns poços e calor intenso,
apesar de o sistema de ventilação estar funcionando.
Os fiscais lavraram cinco
autos de infração pelas más
condições das instalações.
Petroleiros apontam situações precárias em outras plataformas da bacia de Campos. Segundo o sindicato dos
petroleiros do Norte Fluminense, a P-31 e a P-35 apresentam condições semelhantes às da P-33. A P-31 também
pode ser interditada se for
aceito o pedido feito pelo sindicato à Justiça do Trabalho.
A P-35 teve um princípio
de incêndio na última quarta-feira, logo controlado. A
Capitania dos Portos examinou as condições da plataforma ontem, mas não divulgou
o resultado da análise.
Em assembleia de acionistas ontem, a reportagem
questionou o presidente da
empresa, José Sergio Gabrielli, sobre as falhas nas plataformas da estatal, mas ele
não quis comentar o assunto.
Colaborou VERENA FORNETTI do Rio
Texto Anterior: Ex-ministro cuida de pré-sal no TCU Próximo Texto: Gap passa a vender pela internet para o Brasil Índice
|