São Paulo, sábado, 13 de agosto de 2011

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E EU COM ISSO?

Preço dos imóveis deve subir acima da inflação

Mas retorno como investimento não deve ser o mesmo, apontam analistas

Ainda não há imóveis 'encalhados' para quem procura casa ou apartamento para morar, dizem corretores

DE SÃO PAULO

Apesar da queda das vendas de imóveis novos, os preços não devem baixar. Essa é a avaliação do Secovi (Sindicato da Habitação).
João Crestana, presidente da instituição, prevê que os valores continuem subindo, em média, de um a dois pontos percentuais acima da taxa de inflação.
"Mas, considerando a escassez de terrenos em cidades como São Paulo, é possível que, em alguns bairros, possa haver valorização maior", afirma.
Nesse cenário, quem busca um imóvel para investir hoje certamente não terá as mesmas taxas de retorno obtidas por quem entrou nesse mercado antes da explosão de valores de 2010. Em contrapartida, também não deve perder dinheiro.
Analistas ouvidos pela Folha destacaram os imóveis entre os chamados "ativos reais" (bens palpáveis) que podem ser uma alternativa de aplicação durante a crise internacional, que tem afetado o mercados financeiro.
Entre os que buscam imóveis para morar, a disposição por fechar negócio nos estandes de venda está bem menor que em 2010.
No ano passado, havia casos de empreendimentos inteiros vendidos somente em um fim de semana.
Agora, de acordo com corretores ouvidos pela Folha, a percepção geral é que os preços estão altos demais, o que desmotiva a compra.
As imobiliárias têm, aliás, investido na contratação de profissionais de vendas mais qualificados, universitários, que saibam explicar aos clientes o "valor" do imóvel por trás do preço tão elevado -como localização e facilidades de transporte.
Fontes do mercado também afirmam que, por enquanto, não há imóveis "encalhados", o que poderia dar margem para uma negociação de preços mais favorável ao consumidor.

REVISÃO DE ESTIMATIVA
A Gafisa reduziu ontem a estimativa de margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para 2011. A projeção passou de 18% a 22% para 16% a 20%.
A empresa não citou demanda como motivação. A companhia afirmou ter assumido atitude "mais conservadora em relação à pressão de custos não previstos".
(CAROLINA MATOS)


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