São Paulo, segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

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Novas cédulas do real serão lançadas hoje

Objetivo é diminuir a falsificação; primeiro lote será de notas de R$ 50 e R$ 100, alvo preferido dos criminosos

Cédulas antigas vão continuar valendo; as novas têm tamanhos diferenciados, o que dificultará a fraude

DE BRASÍLIA

Para tentar diminuir a fabricação de dinheiro falso, serão lançadas hoje pelo Banco Central novas cédulas do real. O foco desse primeiro lote são as notas de R$ 50 e R$ 100, alvo preferido dos criminosos.
As notas antigas continuarão valendo normalmente. A Casa da Moeda ainda tem um estoque de notas velhas que será utilizado.
Por ser a cédula em maior quantidade na economia -1,6 bilhão de notas em circulação-, a de R$ 50 é também a recordista em falsificações. Somente no ano passado foram retidas pelos bancos 280 mil cédulas falsas desse valor, 56,4% de todas as apreensões irregulares, de acordo com o BC.
Já a de R$ 100 era uma das menos falsificadas há dois anos, justamente porque sua circulação era baixa.
No entanto, o maior interesse dos bancos por essas notas fez crescer também a impressão irregular. No ano passado, o total de cédulas de R$ 100 apreendidas pela rede bancária chegou a 92 mil, quase três vezes o registrado em 2008 e mais de dez vezes o dado de 2007.
Segundo a Folha apurou, os bancos aumentaram a demanda por notas desse valor para os caixas eletrônicos.
A estratégia reduz o custo de manutenção dos pontos de atendimento automático, na medida em que, no mesmo espaço, é possível armazenar mais dinheiro.

CÉDULAS DE R$ 100
Neste ano, a quantidade de cédulas de R$ 100 em circulação cresceu 33%, somando 388 mil notas.
Com isso, apesar de o saldo total das falsificações ter diminuído de 2007 a 2009, a participação das duas cédulas de maior valor (R$ 50 e R$ 100) no bolo de irregularidades subiu, passando de 68% para 75%.
Para barrar a ação dos criminosos, o governo investiu mais de R$ 300 milhões na compra de novas máquinas para a Casa da Moeda.
A impressão é mais moderna, o que permite ter desenhos mais precisos, dificultando a falsificação.
Além disso, assim como aconteceu com as notas do cruzeiro lançadas em 1970, as novas terão tamanhos diferenciados, o que inibe a fabricação irregular por lavagem química.


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