São Paulo, sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Advent investe em terminal de Paranaguá

Por R$ 500 mi, fundo compra 50% de estrutura do porto paranaense

Investimento permite construção de 3º píer e novos equipamentos; fundo tem lojas Dufry e redes como Viena

CAMILA FUSCO
DE SÃO PAULO

O fundo de investimentos Advent International fechou a compra de 50% do Terminal de Contêineres de Paranaguá, empresa que opera no porto paranaense.
Segundo a Folha apurou, a transação chegou a R$ 500 milhões e abocanhou pouco mais de um terço dos recursos do fundo do Advent captado em 2010 voltado a empresas no Brasil.
Para a América Latina, o fundo destinou na época US$ 1,65 bilhão, ou R$ 2,7 bilhões.
Essa é a maior transação do Advent desde 1996, quando o fundo iniciou as operações no país.
Entre seus investimentos brasileiros estão Dufry (de lojas em aeroportos), sistema educacional Kroton e International Meal Company, dona de redes como Viena e Frango Assado.
"Infraestrutura é um setor muito promissor e ficamos entusiasmados pelo fato de o TCP ser o terceiro maior terminal portuário de contêineres no país", diz Luiz Antônio Alves, sócio do Advent.
Com uma área total de 320 mil m2, o terminal movimenta 675 mil contêineres de 20 metros ao ano -675 mil TEUs na medida portuária.
Em 2009, o TCP teve faturamento bruto de R$ 288 milhões e lucro líquido de R$ 116 milhões. Os dados do ano passado ainda não foram consolidados.
O investimento permitirá ao TCP construir o terceiro píer de atracação, com 315 metros de comprimento, além de apoiar a compra de novos equipamentos -como guindastes para operar em navios de grande porte, empilhadeiras e caminhões.
A expansão deve trazer aumento de 70% na capacidade de contêineres suportados.
"Os recursos também permitirão a expansão em serviços de logística, como retirada de mercadorias e embarque em navios", diz Juarez Silva, diretor do TCP.

PLANOS
Até agora, a estrutura de capital do TCP era baseada na participação de cinco empresas, que formaram um consórcio para administrar o terminal a partir da licitação governamental em 1998.
A negociação com o Advent durou cerca de um ano. Uma das primeiras medidas após a consolidação da transação será a criação do conselho de administração, com membros independentes.
Segundo Alves, embora não haja planos imediatos para abertura de capital, a empresa já estará preparada.
"A estrutura que vamos montar é própria do novo mercado, embora não existam planos imediatos de IPO", diz Alves.
Esse é o primeiro investimento em infraestrutura do Advent no país, mas o fundo já detém participações em empresas do setor no México e República Dominicana.


Texto Anterior: Foco: Cerveja americana Miller volta ao Brasil após 4 anos
Próximo Texto: Aviação: Demanda por voos cresce, mas tende a se desacelerar, diz Anac
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.