São Paulo, segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

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Risco baixo é limitador de rendimento de aplicações

Maior parte do fundo é aplicada em renda fixa

DE SÃO PAULO

Os fundos de capital protegido permitem aplicar em renda variável ao mesmo tempo em que garantem, no mínimo, o retorno integral do investimento inicial. Mas, como os riscos são baixos, a rentabilidade costuma ser previamente limitada.
Nos últimos 12 meses, esses fundos renderam menos do que os de renda fixa, também considerados seguros, mas tiveram desempenho bem melhor que os indexados ao Ibovespa (que seguem a variação do principal índice da Bolsa de São Paulo).
Para proteger o capital inicial do fundo, a maior parte do patrimônio é aplicada em renda fixa, principalmente em títulos públicos. O restante é investido em operações mais complexas, geralmente com opções do Ibovespa.
As opções são contratos que reservam ao seu detentor o direito de comprar ou vender mercadorias ou títulos em uma data futura, a um preço pré-predeterminado.
O investimento em opções pode dar lucro tanto na queda quanto na alta do índice. No entanto, isso deve ocorrer dentro de barreiras previamente estipuladas pelos fundos, de acordo com as expectativas em relação ao índice.
Geralmente, dependendo da estratégia montada, o investidor pode ter um ganho igual a variação do Ibovespa (seja negativa ou positiva), a uma taxa pré-fixada ou apenas o retorno do que investiu.
"Você vai limitar seu risco, mas também vai ter um teto para o ganho. Ainda assim, pode ganhar muito mais do que se estivesse num investimento de renda fixa", disse a gerente nacional de desenvolvimento de produtos da Caixa, Eliana Motta Vincensi.
O especialista em fundos Marcelo D'Agosto considera que os fundos de capital protegido são muito complicados, o que torna difícil avaliar se valem a pena.
Segundo ele, um fundo balanceado (que aplica parte dos recursos em renda fixa -normalmente títulos público- e parte no mercado à vista de ações) pode ser uma alternativa.
Embora nesse caso não haja 100% de garantia de retorno do capital investido, o risco de perda é pequeno.
Por exemplo, se um fundo balanceado investe 80% em renda fixa e 20% em Bolsa, essas ações teriam que cair mais de 40% em um ano para anular o ganho com títulos público (que acompanham a taxa básica de juros do país, Selic, hoje em 11,25%).
"O fundo de capital protegido é bom para marketing. A vantagem é só psicológica", afirma D'Agosto.

FECHADOS
Os fundos de capital protegido costumam ser fechados, com datas específicas de entrada e saída. Se o investidor quiser sacar os recursos antes, não terá a garantia de receber tudo que investiu.
O Santander está com um fundo aberto para captações durante este mês. É possível investir a partir de R$ 5.000, que só devem ser resgatados em dois anos. A taxa de administração é de 2,3%.
O Bradesco tem quatro fundos em que é possível entrar e sair a cada dois meses. Dois aceitam aplicações a partir de R$ 1.000 (taxa de administração de 3%), enquanto os outros exigem aplicação mínima de R$ 5.000 (taxa de 1,5%).
A Caixa planeja lançar um em março.
(MARIANA SCHREIBER)


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