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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Interesse de estrangeiro no Brasil é menor que em outros mercados, diz pesquisa
O interesse do investidor
estrangeiro no Brasil cresce,
mas ainda não está no mesmo nível de outros grandes
mercados mundiais.
O país é considerado por
12% dos empresários uma
das regiões mais atraentes
para investimento em 2010,
resultado que o coloca em
apenas sétimo lugar em pesquisa da Ernst & Young, com
814 empresários globais.
Olhando para o futuro, porém, as perspectivas brasileiras melhoram. Quando a pergunta é quais são as regiões
mais interessantes para investimento nos próximos
três anos, o Brasil aparece em
quarto lugar, com 53% da
preferência (os entrevistados
escolheram três destinos).
O que emperra um maior
interesse no país é que, apesar do crescimento, ele é um
exportador de matérias-primas e faz a maior parte de
seus negócios com os Brics
(grupo que conta ainda com
Rússia, Índia e China).
Esses fatores, segundo a
pesquisa, fazem com que o
país seja "menos referência
para os líderes empresariais
ocidentais".
Outro indicador positivo
para a economia brasileira é
que somente o país, a Rússia
e a Índia tiveram crescimento
no interesse dos investidores
em relação ao nível verificado em 2006, antes, portanto,
da crise global, que teve início dois anos depois.
CAPTAÇÕES
A Angra Partners, empresa
de gestão e de private equity,
pretende captar R$ 1 bilhão
para um fundo que será lançado para investir apenas em
empresas do setor de óleo e
gás, segundo um dos sócios,
Ricardo Knoepfelmacher.
Outro projeto da companhia é criar um fundo de private equity no valor de
R$ 500 milhões.
"Esse novo fundo não terá
um propósito específico. O alvo será empresas com faturamento entre R$ 100 milhões e
R$ 400 milhões", diz Ricardo
K, como é conhecido o ex-presidente da Brasil Telecom.
"Há 14.500 empresas desse porte no Brasil. Muitas delas são dos setores de varejo e
construção, segmentos promissores e ainda muito pulverizados", afirma. Outro
fundo da Angra, para investimentos em infraestrutura,
com R$ 700 milhões, já investiu 75%, segundo Ricardo K.
Os sócios da Angra contrataram a MVision, captadora
de recursos, e dizem não encontrar dificuldades para
captar nos EUA, onde já se
reuniram com 85 investidores nos últimos dois meses.
"Investidores dispensam a
apresentação sobre Brasil.
Sabem mais do que nós e já
decidiram que querem estar
aqui. Só querem escolher onde", diz o sócio André Rizzi.
FUNILARIA
A Silimed turbinou sua
produção e criou uma linha
de próteses de silicone de
mama com conceito anatômico. "São próteses que dão
uma aparência mais natural, uma harmonia com o
corpo", diz Margaret Figueiredo, sócia fundadora. A
tendência agora é que a escolha do volume (quantidade de ml) seja a última etapa, segundo Figueiredo.
A empresa exporta do Rio
de Janeiro 50% da produção, para mais de 60 países.
É a terceira maior fabricante
de próteses de silicone do
mundo. "Só perdemos para
dois grandes grupos americanos", diz. A executiva
conta que a Silimed já foi assediada por concorrentes.
"Mas vender não está nos
planos." Em 2009, a Silimed
produziu 155 mil implantes
de mama e, em 2010, deve
crescer 30%, diz a sócia que
entrou no negócio quando
franceses, para quem trabalhava como tradutora, desistiram de investir no negócio.
HORA DO CAFÉ
Pé-de-meia 1 A Caixa
Econômica Federal captou,
em maio, R$ 692,2 milhões
com a abertura de 322 mil novas contas de poupança. O
valor é 65% superior ao mesmo período de 2009. A alta é
creditada à campanha de
marketing "Poupançudos".
Pé-de-meia 2 Em média,
o banco capta R$ 500 milhões
por mês com a abertura de 300
mil novas contas. Dados consolidados até maio conferem à
Caixa o saldo de R$ 113,8 bilhões de poupanças ativas,
além de 34% desse segmento
no mercado brasileiro.
Estilo de vida A Aliança
do Brasil, seguradora do Banco do Brasil, lançará o Seguro
Ouro Vida Estilo para o público de alta renda. O produto terá cobertura de até R$ 2 milhões. A arrecadação prevista
pela seguradora é de R$ 11,5
milhões até o fim do ano.
Nas alturas 1 O custo dos
encargos sobre a energia brasileira deve subir 70%, para
R$ 490 milhões, entre janeiro
e maio de 2010 em relação ao
total arrecadado no mesmo
período do ano passado. A estimativa é da Abrace (de grandes consumidores de energia).
Nas alturas 2 A redução
do valor depende da diminuição dos encargos, segundo Ricardo Lima, presidente-executivo da associação. "O custo da
energia usada pela indústria
brasileira é dos mais altos do
mundo. Isso afeta a competitividade internacional", diz.
Vantagem A inteligência
emocional conta mais que a
técnica para conseguir uma
vaga ou promoção. A conclusão é da IMC Consultoria Empresarial, que ouviu profissionais de RH de 68 empresas. Só
6% acreditam que o conhecimento é mais importante.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, FLÁVIA MARCONDES e ÁLVARO FAGUNDES
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