São Paulo, terça-feira, 14 de junho de 2011

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Indústrias minimizam queda na produção de aço

Expectativa é que projetos para Copa e Olimpíada mantenham demanda

Instituto mantém projeção de produção recorde de aço bruto no país, com alta de 19,8% sobre resultado de 2010

DE SÃO PAULO

Apesar da queda da produção em abril, os projetos especiais de infraestrutura, previstos no PAC e programados para eventos esportivos como Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, devem manter o crescimento do consumo aparente de aço no Brasil em 2011.
A previsão é do IABr (Instituto Aço Brasil). Para este ano, o instituto mantém a expectativa de uma produção recorde de aço bruto no país de 39,4 milhões de toneladas, expansão de 19,8% sobre 2010. Resultado do aumento da capacidade da siderurgia nacional.
Essa situação deve elevar as exportações, que haviam caído nos últimos anos devido ao crescimento do consumo nacional.
Embora o setor siderúrgico não tenha dado muita ênfase aos dados de abril, a queda da produção registrada naquele mês não deixa de preocupar os analistas.
De acordo com os dados do IABr, a siderurgia produziu 2,9 milhões de toneladas de aço bruto em abril, o que representa uma queda de 1,9% sobre março.
Na comparação do dado de março com o de abril do ano anterior, houve um crescimento de 10,4%.
Já a produção de aço laminado (produto acabado ou semiacabado) alcançou 2,1 milhões de toneladas, queda de 9,9% em abril sobre março e recuo de 2,4% sobre abril do ano passado.
"O resultado do PIB espelha a política monetária que vem sendo adotada pelo governo, cuja prioridade é a diminuição da inflação via uma redução de demanda", afirma Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo do instituto.
Lopes destaca, porém, que os projetos especiais podem induzir o crescimento do mercado de aço.

CERÂMICA
A indústria fabricante de cerâmica para revestimento revisou de 10% para 6% o crescimento do mercado interno neste ano. A nova projeção de crescimento é menor do que a apurada em 2010, quando o conjunto do segmento cresceu 8%.
Por enquanto, segundo a associação do setor, o resultado não preocupa.
"Não havia como manter um ritmo de crescimento como aquele. Para nós, a expansão de 6% é consistente", afirmou Antônio Carlos Kieling, superintendente da Anfacer (Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimento).
Neste ano, a indústria deve produzir 855 milhões de metros quadrados de re- vestimento, quantidade considerada suficiente para atender à demanda de 770 milhões de metros do mercado interno e às exportações. (AGNALDO BRITO)


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