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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Importações ameaçam indústria têxtil nacional
A velocidade do aumento
das importações de produtos
têxteis já preocupa a indústria brasileira.
No acumulado deste ano
até junho, o volume importado de itens têxteis e confeccionados cresceu 60%, de
acordo com a Abit (associação da indústria têxtil).
O deficit da balança comercial do setor deve fechar
o ano em US$ 3,5 bilhões, segundo a associação.
"O consumo e a produção
estão crescendo. Porém, o
preocupante é que a expansão está em um ritmo menor
que o das importações", diz
Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Abit.
Neste ano, até maio, a produção física do setor têxtil
aumentou 12%.
Os investimentos e a criação de postos de trabalho no
setor estão maiores. A previsão é fechar o ano com investimento de US$ 1,5 bilhão,
ante os US$ 900 milhões de
2009. O setor gerou até maio
45 mil novas vagas, ante 12
mil no ano passado.
Apesar dos bons números
para este ano, a indústria nacional está preocupada com
a competitividade em 2011.
"O câmbio dos concorrentes, principalmente o da China, está depreciado e os juros
brasileiros estão em nível absurdo. Além disso, a taxa de
câmbio do Brasil explicita o
custo tributário, a burocracia
e a deficiência de infraestrutura", afirma Pimentel.
EM REFORMA
A Dorchester Collection,
de hotéis de alto luxo, adquiriu três novos edifícios
ao redor do Plaza Athénée,
em Paris, o hotel da rede
mais procurado por turistas brasileiros.
O objetivo é comemorar
os cem anos do local, em
2013, com uma ampliação,
que elevará de 191 para 216
o número de quartos.
A informação é de François Delahaye, diretor de
operações da Dorchester,
que veio ao Brasil apresentar os novos investimentos
do grupo. Além da ampliação na França, foram adquiridos dois hotéis na Inglaterra, o Coworth Plaza e
o 45 Park Lane, que receberam 50 milhões de libras
(cerca de R$ 133 milhões)
em reformas cada um.
A empresa deve adquirir
cerca de 20 hotéis até 2015
e negocia na Ásia, no
Oriente Médio e na América do Norte. No Brasil, ainda não há projeto definido.
"O Brasil tem um grande
público e precisa de um
bom hotel no Rio de Janeiro, cidade que reúne lazer
e negócios", diz Delahaye.
De volta... Uma comitiva de empresários brasileiros desembarca hoje em Angola para participar da Filda
(Feira Internacional de
Luanda). Entre eles estão o
presidente da ABF (associação de franchising), Ricardo
Bomeny, e executivos das
redes de franquias Wizard e
Vivenda do Camarão.
...à África Angola é o
terceiro maior destino das
franquias brasileiras. Atualmente, 17 marcas nacionais
representam o país na região. A ABF, com o apoio da
Embaixada Brasileira em
Angola, irá realizar visitas
técnicas e rodadas de negócios na região.
DESCONFIANÇA
O ICC (Índice de Confiança
do Consumidor), calculado
pela Fecomercio SP, registrou queda de 2,3% em julho
na comparação com o mês
anterior.
O indicador atingiu 155,2
pontos, ante os 158,9 pontos
de junho. O nível de otimismo ainda é considerado positivo, segundo a entidade.
O ICC varia entre zero e 200
pontos. O resultado indica
pessimismo abaixo de cem
pontos e otimismo acima
desse patamar.
Na análise por sexo, as
mulheres apresentaram redução de 3,1%, enquanto os
homens tiveram queda de
apenas 1% no ICC de julho. O
índice será divulgado hoje.
Vida real 1 O Insper lança
em agosto a "Coleção de Casos
Insper", que será licenciada
para outras instituições de ensino. Serão 15 títulos, baseados em situações do contexto
corporativo brasileiro e internacional, de áreas como administração, recursos humanos e
marketing. A cada ano, dez
novos casos devem ser incorporados à coleção.
Vida real 2 O Insper não
tem uma previsão de receita
com o licenciamento de casos.
No ano passado, a receita com
licença de casos em Harvard,
que possui cerca de 8.000 títulos, superou US$ 8 milhões.
Para o lançamento oficial, em
agosto, o instituto prepara um
evento sobre a importância de
estudos de casos como ferramenta pedagógica.
Tributação Para ajudar a
entender o sistema tributário
brasileiro, a editora Saraiva
lança o livro "O País dos Impostos" (224 páginas), de Dávio Antonio Prado Zarzana,
membro da Câmara Americana de Comércio. A alta carga
tributária do país, segundo o
autor, se deve à lentidão e à
burocracia do sistema de recolhimento, além dos múltiplos
impostos existentes.
ÂNCORA
Alguns projetos significativos de investimentos em
portos privativos no Brasil
foram retomados nos últimos dois meses, segundo o
escritório de advocacia Lefosse. "Tinham parado devido a incertezas quanto à
regulamentação que restringia a operação nos terminais privativos a cargas
pertencentes aos investidores dos projetos, suas controladoras e controladas",
diz Eduardo Lima, sócio da
banca. "A Antaq editou nova regulamentação, que
agora o mercado percebeu,
abrindo possibilidade de
transitarem cargas de empresas consorciadas no empreendimento", diz. No Lefosse, três projetos, que juntos envolvem US$ 1 bilhão,
foram retomados. O mais
adiantado prevê um terminal, no Rio, para embarque
de aço. Os outros dois são
para o embarque de grãos e
granéis líquidos.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e FLÁVIA MARCONDES
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