São Paulo, domingo, 14 de agosto de 2011

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Preço da terra brasileira subiu mais de 15%

DE SÃO PAULO

O preço das terras no Brasil subiu mais de 15% em termos nominais nos últimos 12 meses, segundo levantamento da Informa Economics FNP.
A elevação é superior à alta dos últimos anos, em que os preços subiram entre 5% e 6%, em média.
Segundo Jacqueline Bierhals, gerente de agroenergia da Informa Economics FNP, nem as medidas de restrição ao capital estrangeiro na compra de terras, adotadas em agosto do ano passado, e as novas propostas de restrição em estudo no Congresso, frearam a alta dos preços.
"As última três safras tiveram resultados muito bons. O produtor brasileiro está bastante capitalizado --então, mesmo sem estrangeiros, o mercado continua muito líquido [quando há facilidade para vender]", afirma Jacqueline.
"Além disso, o cenário para grãos está muito aquecido, por causa da escassez nos Estados Unidos, que são formadores de estoque."

ÚLTIMA FRONTEIRA
Mato Grosso é o sexto Estado com maior valorização nas terras. "As terras no Brasil têm ficado muito caras --na comparação com Argentina e Europa, a terra no Brasil ainda é mais barata, mas com a África não dá para competir. A migração é um movimento que começa a ganhar força. A África é a última fronteira agrícola do mundo", diz Jacqueline.
Mas ela ressalta que há grandes dificuldades logísticas na África e não se pode subestimar o desafio de escoar a produção lá.
No Brasil, ainda há terras para abrir no oeste baiano, no Nordeste e no Tocantins. "Mas, tirando isso, não tem mais nada; e nos vizinhos, também tem pouca coisa." (PCM)


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