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MERCADO ABERTO
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Término de patentes não garante remédio em menor preço possível
O término de patentes de
medicamentos no Brasil não
tem sido garantia de que o
produto chegue logo ao consumidor no menor preço.
Alguns dos mais importantes casos de patentes expiradas neste ano -que envolveram disputas judiciais,
na tentativa das empresas
detentoras das fórmulas de
prorrogar sua exclusividade- são exemplos disso.
O anti-hipertensivo Diovan, cuja patente expirou
neste ano, não está disponível ao consumidor nas gôndolas das farmácias em versão genérica. Isso porque a Anvisa ainda não liberou os
pedidos de registros que estão à espera de aprovação.
Quatro empresas, cujos
nomes não são divulgados,
fizeram suas solicitações para que possam produzir e
vender o medicamento.
Outro caso é o do remédio
para esquizofrenia Seroquel,
que teve a patente finalizada
em agosto. A Arrow Farmacêutica já recebeu registro
para comercializá-lo, mas
outros 12 pedidos aguardam
liberação. Enquanto só um
genérico está no mercado, o
consumidor não se beneficia
da redução de preço estimulada pela concorrência.
Casos mais famosos, como
o Viagra, que teve cinco pedidos de registro, e o Lípitor,
com sete, foram rapidamente
atendidos pela Anvisa.
Segundo a agência, a demora pode ser atribuída às
próprias farmacêuticas,
quando não enviam solicitações adequadas. "Os pedidos
são analisados por técnicos,
que, quando identificam problemas ou ausência de algum teste que comprove segurança e eficácia, comunicam a empresa. O processo
para até que sejam apresentadas novas informações."
Hospitais ampliam rede
de olho em IPO
O mercado de saúde hospitalar vive boom de ampliação da rede de atendimento e
de fusões e aquisições.
Os grupos hospitalares visam no longo prazo a possibilidade de abrir capital, segundo Henrique Salvador,
presidente da Anahp (associação de hospital privado).
A legislação brasileira impede a participação de capital estrangeiro nos hospitais.
"A lei deve mudar para
permitir aos hospitais que
não são ligados a operadoras
acesso ao capital relativamente barato", diz Salvador.
O Grupo Saúde Bandeirantes é um dos que se preparam
para a abertura de capital.
"Acreditamos que em cinco anos a lei poderá ser revertida e queremos estar preparados", diz Marcelo Medeiros, diretor-executivo do
Grupo Saúde Bandeirantes.
O grupo acaba de investir
R$ 60 milhões na ampliação
do hospital Bandeirantes. A
nova ala terá centro de oncologia e medicina nuclear. Em
2009, o grupo já havia investido R$ 45 milhões na construção do hospital Leforte.
"A saúde no país é promissora para a entrada de estrangeiros. Os bancos olham
para os hospitais com a possibilidade de IPO [oferta inicial de ações]", diz Medeiros.
EMERGENTES EM ALTA
A Bolsa brasileira acumula
alta de 27,5% nos últimos
dois anos e está entre as que
mais cresceram desde o auge
da crise financeira mundial.
O momento foi marcado
pela quebra do banco de investimento norte-americano
Lehman Brothers.
O Brasil disputa o primeiro
lugar do ranking com a China
(28%) e o México (27,5%), o
que mostra o interesse dos
investidores pelos mercados
emergentes globais.
Por outro lado, as Bolsas
de alguns países europeus
têm queda no período. A desvalorização acumulada da
Itália é de 26,6%, a pior da
listagem, seguida pelo Japão, com 23,5%.
Butiques de investimento planejam associação
Uma das principais butiques independentes de fusões e aquisições dos Estados
Unidos, a Evercore Partners
negocia uma associação com
a butique brasileira de serviços financeiros G5 Advisors.
Fundada em 2007 por Corrado Varoli, ex-chefe do banco de investimento do Goldman Sachs para a América
Latina -em sociedade com
nomes como o do ex-presidente do BNDES Francisco
Gros, morto em maio-, a G5
Advisors já atrai a atenção de
investidores estrangeiros,
como boa parte dos negócios
brasileiros em ascensão.
Evercore e G5 Advisors já
possuem, desde 2008, uma
parceria estratégica para
atuar em conjunto na assessoria financeira em transações de fusões, aquisições e
reestruturações que envolvam companhias brasileiras.
Desta vez haverá desembolso de dinheiro, negócio
que deve ser anunciado nos
próximos dias, segundo especialistas no mercado financeiro que pediram para
não ser identificados. As empresas não confirmam.
Na operação, cujos valores
podem chegar a R$ 250 milhões, foi discutida a aquisição de 50% da brasileira.
A G5 já atuou em operações como a venda da São
Marcos para o Grupo Ancar.
Também trabalhou em negócios entre Termonorte e CS
Participações, além da compra de fatia da Controlar pela
CCR e a portuguesa Brisa.
BEBÊ A BORDO
Com a alta da demanda
provocada pela lei das cadeirinhas, os preços dos produtos já subiram. Além da diferença nos valores, que pode
chegar a 45%, houve aumento nos preços entre agosto e
setembro, segundo levantamento do site de comparação
de preços BuscaPé.
Metrô... O consórcio formado pelas empresas Queiroz
Galvão S/A, OAS Ltda, Transportation Brasil Ltda e Bombardier Transit Corporation foi
o vencedor da licitação do prolongamento da linha 2-verde.
O valor da proposta para o monotrilho que liga a Vila Prudente à Cidade Tiradentes (zona leste) foi de R$ 2,46 bilhões.
...leve A operação de parte
do prolongamento da linha 2-verde terá início em 2012, segundo o governo do Estado de
São Paulo. O segundo trecho,
até Cidade Tiradentes, estará
em funcionamento até 2014.
Pelo edital, porém, o consórcio poderá entregar as estações intermediárias desta parte do trajeto até 2015.
Arte em números Na 4ª
SP Arte/Foto, encerrada domingo, foram vendidas mais
de 170 peças, cerca de 30% do
acervo do evento, totalizando
R$ 1,5 milhão. Duas edições do
Massimo Vitali saíram por R$
80 mil cada uma. A feira reuniu 7.200 pessoas, 20% mais
ante 2009, ano em que as vendas somaram R$ 1,2 milhão.
Deu Liga A candidata Dilma Rousseff e o empresário
Elie Horn, da construtora
Cyrela, trocaram elogios ontem em encontro da comunidade judaica, em SP. A petista
disse que ouviu conselhos de
Horn para o Minha Casa, Minha Vida, principalmente sobre a necessidade de criar seguro para o programa.
Eletrônico A Secretaria
da Fazenda do Estado de São
Paulo publicou portaria que
disciplina o credenciamento
dos contribuintes para receber
comunicados do fisco por endereço eletrônico. Cerca de
100 mil empresas que possuem inscrição e detêm certificação digital já estão habilitadas a se credenciar.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, FLÁVIA MARCONDES E ÁLVARO FAGUNDES
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