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Setor de cartão publica regras para aumentar a concorrência
Indústria faz autorregulação, mas não padroniza suas tarifas
MARIANA SCHREIBER
DE SÃO PAULO
O setor de cartão de crédito
publicou ontem novas regras
e princípios que passam a
compor seu código de ética e
autorregulação. O objetivo é
aumentar a concorrência.
Não está prevista, no entanto, a padronização das tarifas cobradas. Isso está sendo preparado pelo CMN
(Conselho Monetário Nacional) e, segundo a Abecs (associação que representa o setor), deve ser divulgado ainda neste mês.
"Achou-se por bem que isso ficasse por conta do CMN.
Com a padronização, teremos entre 10 e 15 tarifas, em
vez das mais de quarenta que
existem hoje. O consumidor
terá mais facilidade para
comparar os custos", disse o
presidente da Abecs, Paulo
Rogério Caffarelli.
Entre os novos itens da autorregulamentação está previsto o fim da exclusividade
entre bandeiras (Visa, Mastercard etc) e credenciadoras
(Cielo, Redecard etc), o que já
existe desde julho.
Além disso, o setor se comprometeu a dar mais transparência às taxas de intercâmbio (quanto da taxa cobrada
sobre a transação fica com
bancos, bandeiras, credenciadoras) e criar incentivos
ao desenvolvimento de bandeiras brasileiras.
"R$ 3 bilhões saem do Brasil a cada cinco anos só em
royalties pagos às marcas estrangeiras", diz Caffarelli.
Ainda neste mês, o setor
também deve se comprometer com o Ministério da Justiça a divulgar com mais clareza os juros cobrados no cartão de crédito, contou.
O presidente da Abecs espera que a autorregulação
sirva de subsídio para a regulação externa do setor, que
deve passar no Congresso.
O governo também elabora uma proposta de regulação do setor, cuja conclusão
vem sendo adiada desde o
início da campanha eleitoral.
Colaborou EDUARDO CUCOLO, de Brasília
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