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Bancários de São Paulo põem fim à greve
Maioria dos trabalhadores no país, incluindo os 130 mil da capital paulista, decide aceitar aumento de 7,5%
Greve continua no Maranhão, nas agências da Caixa do Rio e de Jundiaí e nas da Caixa e do BB de Porto Alegre
MARIANA SCHREIBER
DE SÃO PAULO
A maioria dos bancários,
incluindo os 130 mil da capital paulista e de mais 16 municípios de São Paulo, aceitou ontem o reajuste salarial
de 7,5% oferecido pelos bancos e aprovou o fim da greve.
Poucos sindicatos, a maioria de trabalhadores do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, rejeitaram a
proposta e mantêm a paralisação hoje.
A greve continua, por
exemplo, em todos os bancos
do Maranhão, nas agências
da Caixa do Rio de Janeiro e
de Jundiaí (SP) e nas da Caixa
e do BB de Porto Alegre.
No entanto, com a aprovação do fim da greve na maior
parte do país, esses sindicados perdem força para negociar aumento maior.
Segundo a Contraf-CUT
(Confederação Nacional dos
Trabalhadores do Ramo Financeiro), a maioria dos sindicatos do país optou pelo
fim da greve. A Contraf representa 430 mil bancários
-existem 470 mil no Brasil.
A grande pulverização dos
bancários em sindicatos municipais, estaduais e regionais torna mais demorada a
votação das propostas.
Dos cerca de 140 sindicatos ligados à Contraf, 60 ainda não haviam divulgado
sua decisão às 22h de ontem.
Em cada um deles, foram
feitas três assembleias: uma
para apreciar a proposta dos
bancos privados, uma para a
da Caixa e uma para a do BB.
Inicialmente, os trabalhadores haviam pedido 11% de
aumento, e os bancos tinham
garantido apenas a reposição da inflação (4,29%).
Após dois dias de negociação, os bancos ofereceram
7,5% (ganho real de 3,08%).
Esse aumento é válido para todos os salários dos funcionários do BB e da Caixa.
No caso dos bancos privados, o reajuste de 7,5% valerá
apenas para quem ganha até
R$ 5.250. Para salários superiores, a proposta prevê aumento fixo de R$ 393,75 ou
reajuste de 4,29%, o que for
melhor para o trabalhador.
A proposta final dos bancos incluiu aumentos dos pisos salariais e a distribuição
de lucros das empresas.
Com a melhora da oferta
dos bancos, menos agências
fecharam ontem no país, segundo a Contraf. Não houve
divulgação de balanço.
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