São Paulo, quinta-feira, 14 de outubro de 2010

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Bancários de São Paulo põem fim à greve

Maioria dos trabalhadores no país, incluindo os 130 mil da capital paulista, decide aceitar aumento de 7,5%

Greve continua no Maranhão, nas agências da Caixa do Rio e de Jundiaí e nas da Caixa e do BB de Porto Alegre

MARIANA SCHREIBER
DE SÃO PAULO

A maioria dos bancários, incluindo os 130 mil da capital paulista e de mais 16 municípios de São Paulo, aceitou ontem o reajuste salarial de 7,5% oferecido pelos bancos e aprovou o fim da greve.
Poucos sindicatos, a maioria de trabalhadores do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, rejeitaram a proposta e mantêm a paralisação hoje.
A greve continua, por exemplo, em todos os bancos do Maranhão, nas agências da Caixa do Rio de Janeiro e de Jundiaí (SP) e nas da Caixa e do BB de Porto Alegre.
No entanto, com a aprovação do fim da greve na maior parte do país, esses sindicados perdem força para negociar aumento maior.
Segundo a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), a maioria dos sindicatos do país optou pelo fim da greve. A Contraf representa 430 mil bancários -existem 470 mil no Brasil.
A grande pulverização dos bancários em sindicatos municipais, estaduais e regionais torna mais demorada a votação das propostas.
Dos cerca de 140 sindicatos ligados à Contraf, 60 ainda não haviam divulgado sua decisão às 22h de ontem.
Em cada um deles, foram feitas três assembleias: uma para apreciar a proposta dos bancos privados, uma para a da Caixa e uma para a do BB.
Inicialmente, os trabalhadores haviam pedido 11% de aumento, e os bancos tinham garantido apenas a reposição da inflação (4,29%).
Após dois dias de negociação, os bancos ofereceram 7,5% (ganho real de 3,08%).
Esse aumento é válido para todos os salários dos funcionários do BB e da Caixa.
No caso dos bancos privados, o reajuste de 7,5% valerá apenas para quem ganha até R$ 5.250. Para salários superiores, a proposta prevê aumento fixo de R$ 393,75 ou reajuste de 4,29%, o que for melhor para o trabalhador.
A proposta final dos bancos incluiu aumentos dos pisos salariais e a distribuição de lucros das empresas.
Com a melhora da oferta dos bancos, menos agências fecharam ontem no país, segundo a Contraf. Não houve divulgação de balanço.


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