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MÍDIA 1
Presidente do "Jornal do Brasil" se opõe ao fim do jornal impresso
DO RIO - O presidente do ""Jornal do Brasil", Pedro Grossi Jr.,
pediu licença do cargo, por
tempo indeterminado, porque
discorda da extinção do jornal
impresso decidida pelo empresário Nelson Tanure, que
tem o direito de uso da marca
por 60 anos.
A partir do dia 1º de setembro, o conteúdo do "JB" ficará
disponível apenas pela internet, com custo de assinatura
mensal de R$ 9,90. O jornal informou a mudança a seus leitores ontem, em anúncio de
duas páginas.
Grossi afirma que parte dos
problemas financeiros do "JB"
vinha de falhas de gestão e
que, em três meses, tinha reduzido o custo da folha de pagamentos de R$ 1,35 milhão
para R$ 790 mil mensais; economizado R$ 200 mil por mês
em custos administrativos de
gráfica e baixado o consumo
de papel com igual tiragem.
Para ele, o jornalismo na internet ainda depende da credibilidade do jornal impresso, e
a migração para o meio eletrônico representa riscos.
O "JB" tem 119 anos e vem
de longa crise financeira. Nelson Tanure arrendou a marca
em 2001, quando a tiragem
diária era de 76 mil exemplares. A atual é de 20 mil.
O Sindicato dos Jornalistas
do Rio de Janeiro convocou para a próxima semana manifestação em frente à sede do jornal, em protesto contra o fim
do impresso. O editor-chefe da
publicação, Fernando Santana, disse que a Redação trabalhou normalmente ontem e
que não espera demissões.
(ELVIRA LOBATO)
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