São Paulo, quinta-feira, 15 de julho de 2010

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MÍDIA 1

Presidente do "Jornal do Brasil" se opõe ao fim do jornal impresso

DO RIO - O presidente do ""Jornal do Brasil", Pedro Grossi Jr., pediu licença do cargo, por tempo indeterminado, porque discorda da extinção do jornal impresso decidida pelo empresário Nelson Tanure, que tem o direito de uso da marca por 60 anos.
A partir do dia 1º de setembro, o conteúdo do "JB" ficará disponível apenas pela internet, com custo de assinatura mensal de R$ 9,90. O jornal informou a mudança a seus leitores ontem, em anúncio de duas páginas.
Grossi afirma que parte dos problemas financeiros do "JB" vinha de falhas de gestão e que, em três meses, tinha reduzido o custo da folha de pagamentos de R$ 1,35 milhão para R$ 790 mil mensais; economizado R$ 200 mil por mês em custos administrativos de gráfica e baixado o consumo de papel com igual tiragem.
Para ele, o jornalismo na internet ainda depende da credibilidade do jornal impresso, e a migração para o meio eletrônico representa riscos.
O "JB" tem 119 anos e vem de longa crise financeira. Nelson Tanure arrendou a marca em 2001, quando a tiragem diária era de 76 mil exemplares. A atual é de 20 mil.
O Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro convocou para a próxima semana manifestação em frente à sede do jornal, em protesto contra o fim do impresso. O editor-chefe da publicação, Fernando Santana, disse que a Redação trabalhou normalmente ontem e que não espera demissões.
(ELVIRA LOBATO)


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