DE SÃO PAULO - Apesar de o balanço da Intel (maior fabricante mundial de chips) ter reforçado o otimismo sobre a temporada de resultados nos EUA, a cautela falou mais alto nos mercados.
Tudo porque, no final da noite de ontem, estava prevista a divulgação de números fundamentais da China (produção industrial, vendas do comércio e crescimento do PIB). Economistas temiam por esses indicadores: o gigante asiático já deu sinais de que sua economia entrou em ritmo mais lento de crescimento.
"No escuro", o investidor não se arriscou. A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) teve perdas de 0,32%.
Nos EUA, a Bolsa de Nova York subiu apenas 0,07%, enquanto na Europa as ações cederam 0,33% em Londres e 0,13% em Paris.
No mercado de câmbio doméstico, o dólar comercial avançou para R$ 1,764, em alta de 0,6%, variando da máxima de R$ 1,769 à mínima de R$ 1,757.
"As notícias ruins, já começaram logo pela manhã, com a queda das vendas [do varejo] nos EUA. O balanço da Intel foi realmente muito bom, mas acho que o mercado estava muito cauteloso ontem", diz Marco Aurélio Etchegoyen, da mesa de operações da Diferencial corretora.
Também repercutiu negativamente o anúncio do Federal Reserve (o BC dos EUA), que revisou para baixo suas projeções de crescimento do país.


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