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PIB chinês se desacelera menos que o previsto
Economia avança 11,1% no 2º trimestre, após crescer 11,9% nos três meses anteriores
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O crescimento da economia chinesa, principal motor
da retomada global, se desacelerou para 11,1% no segundo trimestre, menos que o
previsto por analistas.
Nos primeiros três meses
deste ano, o PIB da China
avançou 11,9% em relação ao
mesmo período de 2009. A
expectativa dos especialistas
era que o novo dado mostrasse expansão de 10,5%.
A desaceleração aponta
para um menor risco de superaquecimento da economia e dá a oportunidade para
o governo chinês continuar a
tomar medidas para restringir os empréstimos concedidos pelos bancos, já que existe o temor de bolha no país.
O governo está reprimindo
o crédito para frear o aumento nos preços das casas e tentar impedir o crescimento da
dívida dos bancos estatais,
que fizeram empréstimos recordes no ano passado como
parte dos planos de Pequim
para estimular a economia.
Uma desaceleração menos
abrupta da China também é
positiva para a economia global, já que a previsão é que o
país asiático vai ser responsável neste ano por um terço
do crescimento do PIB global, que ainda não está consolidado e continua a enfrentar problemas como a crise
da dívida na Europa.
Como o país foi o segundo
maior importador do mundo
em 2009 (atrás dos EUA),
uma desaceleração mais forte pode ter influência na demanda por produtos como
componentes industriais e
minério de ferro -usado na
fabricação de aço e que é um
dos principais itens que o
Brasil vende para a China.
O FMI (Fundo Monetário
Internacional) prevê que o
PIB chinês vai crescer 10,5%
neste ano, o maior avanço
entre as principais economias globais, após se expandir em 9,1% em 2009.
A expectativa é que, neste
ano, o país se torne a segunda maior economia global,
ultrapassando o Japão e ficando atrás apenas dos EUA.
Porém, quando é levado em
consideração o PIB per capita, o chinês está muito atrás
do dos países ricos.
ÁSIA
As projeções do FMI também mostram que a Ásia vai
ser o principal foco da retomada da economia global,
após a crise que fez o PIB
mundial encolher 0,6% no
ano passado.
A Índia, além da China,
deve puxar o crescimento da
região, com alta de 9,4% neste ano, diz o órgão.
Outras economias também devem apresentar resultados muito fortes. É o caso
de Cingapura, que se expandiu 19,3% de abril a junho
ante o mesmo período de
2009 e teve o maior avanço
em um semestre desde 1975.
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