São Paulo, quinta-feira, 15 de julho de 2010

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PIB chinês se desacelera menos que o previsto

Economia avança 11,1% no 2º trimestre, após crescer 11,9% nos três meses anteriores

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O crescimento da economia chinesa, principal motor da retomada global, se desacelerou para 11,1% no segundo trimestre, menos que o previsto por analistas.
Nos primeiros três meses deste ano, o PIB da China avançou 11,9% em relação ao mesmo período de 2009. A expectativa dos especialistas era que o novo dado mostrasse expansão de 10,5%.
A desaceleração aponta para um menor risco de superaquecimento da economia e dá a oportunidade para o governo chinês continuar a tomar medidas para restringir os empréstimos concedidos pelos bancos, já que existe o temor de bolha no país.
O governo está reprimindo o crédito para frear o aumento nos preços das casas e tentar impedir o crescimento da dívida dos bancos estatais, que fizeram empréstimos recordes no ano passado como parte dos planos de Pequim para estimular a economia.
Uma desaceleração menos abrupta da China também é positiva para a economia global, já que a previsão é que o país asiático vai ser responsável neste ano por um terço do crescimento do PIB global, que ainda não está consolidado e continua a enfrentar problemas como a crise da dívida na Europa.
Como o país foi o segundo maior importador do mundo em 2009 (atrás dos EUA), uma desaceleração mais forte pode ter influência na demanda por produtos como componentes industriais e minério de ferro -usado na fabricação de aço e que é um dos principais itens que o Brasil vende para a China.
O FMI (Fundo Monetário Internacional) prevê que o PIB chinês vai crescer 10,5% neste ano, o maior avanço entre as principais economias globais, após se expandir em 9,1% em 2009.
A expectativa é que, neste ano, o país se torne a segunda maior economia global, ultrapassando o Japão e ficando atrás apenas dos EUA. Porém, quando é levado em consideração o PIB per capita, o chinês está muito atrás do dos países ricos.

ÁSIA
As projeções do FMI também mostram que a Ásia vai ser o principal foco da retomada da economia global, após a crise que fez o PIB mundial encolher 0,6% no ano passado.
A Índia, além da China, deve puxar o crescimento da região, com alta de 9,4% neste ano, diz o órgão.
Outras economias também devem apresentar resultados muito fortes. É o caso de Cingapura, que se expandiu 19,3% de abril a junho ante o mesmo período de 2009 e teve o maior avanço em um semestre desde 1975.


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