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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Indústria de genéricos pode investir mais de R$ 1 bilhão em dois anos
Se o pedido do Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) ao STJ para
derrubar a extensão do prazo
de patente de 37 medicamentos em bloco for considerado,
o Brasil receberá investimentos de mais de R$ 1 bilhão em
dois anos, segundo cálculos
da Pró-Genéricos.
Ao menos 37 ações judiciais de farmacêuticas aguardam no STJ (Superior Tribunal de Justiça) o julgamento
envolvendo prazos de extensão de patentes.
O Inpi pretende, em pedido ao STJ, defender o julgamento de todas de uma vez e
que seja considerado que as
patentes durem apenas seu
prazo estipulado em lei.
São drogas cujas patentes
expiraram ou vão vencer até
o fim do ano, e que a indústria nacional pretende transformar em genéricos.
Caso os remédios sejam liberados, as fabricantes de
genéricos precisarão se acelerar para viabilizar a produção dos novos itens.
Seriam necessários no total investimentos de até R$
1,3 bilhão, segundo Odnir Finotti, presidente da Pró-Genéricos, que reúne as indústrias de medicamentos genéricos no país.
"Num produto mais simples se investem R$ 2 milhões. Em outros, chega-se a
R$ 5 milhões. Considerando
que são 37 medicamentos,
concluímos que o valor investido será de R$ 1,3 bilhão.
E quem chega primeiro ganha mercado", afirma.
A Pró-Genéricos tem sete
companhias associadas, que
detêm 90% do mercado.
COM CRÉDITO
O HSBC obteve lucro líquido de R$ 424,2 milhões no primeiro semestre, alta de 70% ante
igual período anterior, de
acordo com o balanço
que divulgará amanhã.
"Tivemos o primeiro
semestre bom, com destaque para o aumento de
7,4% na carteira de crédito e a redução em 36%
das despesas com provisões para devedores duvidosos", diz o presidente, Conrado Engel.
"Continuaremos a
crescer organicamente,
com ênfase no aumento
do número de clientes de
alta renda, do crédito
imobiliário e a pequenas
e médias empresas."
O crédito imobiliário
subiu 50% e o financiamento a pequenas e médias empresas, 20%.
A redução das provisões se deve, entre outras
razões, à capitalização
pela matriz de R$ 1 bilhão, segundo o banco.
Engel afirma acreditar
que o HSBC crescerá em
participação no mercado
de 5%, na média, para
7,5% até 2012, com a captação de recursos no mercado de capitais internacional e a intermediação
do comércio bilateral
com a China.
O QUE ESTOU LENDO
Roberto Setubal, presidente do Itaú Unibanco
""Luka e o Fogo da Vida", de Salman Rushdie
(ed. Companhia das Letras, 208 págs), é diferente
de tudo que já li antes",
diz o presidente do Itaú
Unibanco. "Entra no mundo do fantástico e da simbologia, com muita intensidade. Li apenas 50 páginas e não imagino como
irá se desdobrar."
Futuro O ministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o ex-ministro
Luiz Carlos Bresser-Pereira e o
presidente da Fiesp, Benjamin
Steinbruch, discutirão estratégias para o novo governo levar
o Brasil a crescer, no Fórum de
Economia, promovido pela
FGV-EESP, dias 30 e 31, em SP.
Assalto As ocorrências de
roubo e furto de veículos leves
e pesados voltaram a crescer
em 2010, segundo levantamento da Tracker do Brasil,
empresa de rastreamento e localização. Entre abril e junho
foram registrados 894 chamados, contra 860 do primeiro
trimestre do ano, número que
já era 10% maior do que os três
meses anteriores.
Preço de cavalo tem
alta no país
O preço de algumas raças
de cavalo alcançou alta neste
ano, segundo Cecília Gonzaga, dona do haras Interagro,
de São Paulo.
No leilão de puro sangue
lusitano realizado pela criadora em Miami (EUA), os animais foram avaliados em
US$ 40 mil cada um, em média. A alta é de US$ 10 mil em
relação a 2009, de acordo
com Gonzaga.
No Brasil, o preço de um
animal adulto do Interagro
chegou a R$ 39 mil no ano
passado e o potro foi negociado por R$ 13 mil.
"Estava todo mundo aflito
na crise, mas o preço subiu
em várias raças", diz.
O bom momento se deve
ao aumento do número de
criadores e das exportações,
segundo o presidente da CBH
(Confederação Brasileira de
Hipismo), Luiz Roberto Giugni. "Também melhoramos
em qualidade, na genética."
A indústria de cavalos no
Brasil movimenta R$ 7,5 bilhões ao ano, de acordo com
a Comissão Nacional do Cavalo, ligada ao Ministério da
Agricultura. O país tem o 4º
maior rebanho do mundo,
com 5,8 milhões de cabeças,
e fica atrás apenas dos EUA,
China e México.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e FLÁVIA MARCONDES
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