São Paulo, domingo, 15 de agosto de 2010

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Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

Indústria de genéricos pode investir mais de R$ 1 bilhão em dois anos

Se o pedido do Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) ao STJ para derrubar a extensão do prazo de patente de 37 medicamentos em bloco for considerado, o Brasil receberá investimentos de mais de R$ 1 bilhão em dois anos, segundo cálculos da Pró-Genéricos.
Ao menos 37 ações judiciais de farmacêuticas aguardam no STJ (Superior Tribunal de Justiça) o julgamento envolvendo prazos de extensão de patentes.
O Inpi pretende, em pedido ao STJ, defender o julgamento de todas de uma vez e que seja considerado que as patentes durem apenas seu prazo estipulado em lei.
São drogas cujas patentes expiraram ou vão vencer até o fim do ano, e que a indústria nacional pretende transformar em genéricos.
Caso os remédios sejam liberados, as fabricantes de genéricos precisarão se acelerar para viabilizar a produção dos novos itens.
Seriam necessários no total investimentos de até R$ 1,3 bilhão, segundo Odnir Finotti, presidente da Pró-Genéricos, que reúne as indústrias de medicamentos genéricos no país.
"Num produto mais simples se investem R$ 2 milhões. Em outros, chega-se a R$ 5 milhões. Considerando que são 37 medicamentos, concluímos que o valor investido será de R$ 1,3 bilhão. E quem chega primeiro ganha mercado", afirma.
A Pró-Genéricos tem sete companhias associadas, que detêm 90% do mercado.

COM CRÉDITO

O HSBC obteve lucro líquido de R$ 424,2 milhões no primeiro semestre, alta de 70% ante igual período anterior, de acordo com o balanço que divulgará amanhã.
"Tivemos o primeiro semestre bom, com destaque para o aumento de 7,4% na carteira de crédito e a redução em 36% das despesas com provisões para devedores duvidosos", diz o presidente, Conrado Engel.
"Continuaremos a crescer organicamente, com ênfase no aumento do número de clientes de alta renda, do crédito imobiliário e a pequenas e médias empresas."
O crédito imobiliário subiu 50% e o financiamento a pequenas e médias empresas, 20%.
A redução das provisões se deve, entre outras razões, à capitalização pela matriz de R$ 1 bilhão, segundo o banco.
Engel afirma acreditar que o HSBC crescerá em participação no mercado de 5%, na média, para 7,5% até 2012, com a captação de recursos no mercado de capitais internacional e a intermediação do comércio bilateral com a China.

O QUE ESTOU LENDO

Roberto Setubal, presidente do Itaú Unibanco
""Luka e o Fogo da Vida", de Salman Rushdie (ed. Companhia das Letras, 208 págs), é diferente de tudo que já li antes", diz o presidente do Itaú Unibanco. "Entra no mundo do fantástico e da simbologia, com muita intensidade. Li apenas 50 páginas e não imagino como irá se desdobrar."

Futuro O ministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira e o presidente da Fiesp, Benjamin Steinbruch, discutirão estratégias para o novo governo levar o Brasil a crescer, no Fórum de Economia, promovido pela FGV-EESP, dias 30 e 31, em SP.

Assalto As ocorrências de roubo e furto de veículos leves e pesados voltaram a crescer em 2010, segundo levantamento da Tracker do Brasil, empresa de rastreamento e localização. Entre abril e junho foram registrados 894 chamados, contra 860 do primeiro trimestre do ano, número que já era 10% maior do que os três meses anteriores.

Preço de cavalo tem alta no país

O preço de algumas raças de cavalo alcançou alta neste ano, segundo Cecília Gonzaga, dona do haras Interagro, de São Paulo.
No leilão de puro sangue lusitano realizado pela criadora em Miami (EUA), os animais foram avaliados em US$ 40 mil cada um, em média. A alta é de US$ 10 mil em relação a 2009, de acordo com Gonzaga.
No Brasil, o preço de um animal adulto do Interagro chegou a R$ 39 mil no ano passado e o potro foi negociado por R$ 13 mil.
"Estava todo mundo aflito na crise, mas o preço subiu em várias raças", diz.
O bom momento se deve ao aumento do número de criadores e das exportações, segundo o presidente da CBH (Confederação Brasileira de Hipismo), Luiz Roberto Giugni. "Também melhoramos em qualidade, na genética."
A indústria de cavalos no Brasil movimenta R$ 7,5 bilhões ao ano, de acordo com a Comissão Nacional do Cavalo, ligada ao Ministério da Agricultura. O país tem o 4º maior rebanho do mundo, com 5,8 milhões de cabeças, e fica atrás apenas dos EUA, China e México.

com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e FLÁVIA MARCONDES



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