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Empréstimo
on-line começa
a ganhar força
DE SÃO PAULO
Uma nova modalidade
de empréstimo começa a
chamar a atenção de consumidores de várias regiões do país: o on-line.
Nos Estados Unidos e na
Inglaterra, as comunidades que emprestam pela
internet surgiram em 2006
e hoje atuam de forma segmentada, financiando carros, imóveis e educação.
No Brasil, essa modalidade de empréstimo pela
internet chegou em abril.
"Fazemos a intermediação entre quem precisa tomar empréstimo e quem
quer investir", diz Eldes
Mattiuzzo, sócio e diretor
geral da Fairplace.
"Para quem precisa do
dinheiro, o atrativo é o juro
menor que o cobrado por
bancos e financeiras. Para
quem empresta, o atrativo
é a remuneração com taxas maiores que os títulos
de renda fixa", diz Mattiuzzo, que trabalhou 17
anos no setor financeiro.
A empresa já fez a intermediação de 187 empréstimos, no valor total de
R$ 665 mil. Cada um dos
1.455 investidores aplicou,
em média, R$ 586.
Em julho, os investidores tiveram rendimento de
2,56%. Para os tomadores
de crédito, a taxa média foi
de 3,2%, diz Mattiuzzo.
Quem quer crédito tem
de se cadastrar no site,
preencher proposta com
dados pessoais, valor, finalidade e juros que está
disposto a pagar. É cobrada taxa de R$ 50 para o cadastro e 5% sobre o valor
do empréstimo de um ano.
Os pedidos variam de
R$ 1.000 a R$ 5.000. Os dados são analisados e é definida uma classificação de
risco para cada tomador,
que servirá para que os investidores definam os juros que cobrarão. Quanto
menor for o risco, menor
será a taxa.
"É feito um leilão de taxas entre os investidores.
As menores são escolhidas", diz o diretor.
O Banco Central informa que, por não se tratar
de instituição financeira, a
empresa não é fiscalizada.
E que "empresas que operam como instituições financeiras sem autorização
estão sujeitas a penalidades previstas em lei".
O Procon recomenda
comparar taxas e serviços
oferecidos e analisar se as
parcelas não comprometerão o orçamento.
(CR)
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