São Paulo, domingo, 15 de agosto de 2010

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Empréstimo on-line começa a ganhar força

DE SÃO PAULO

Uma nova modalidade de empréstimo começa a chamar a atenção de consumidores de várias regiões do país: o on-line.
Nos Estados Unidos e na Inglaterra, as comunidades que emprestam pela internet surgiram em 2006 e hoje atuam de forma segmentada, financiando carros, imóveis e educação.
No Brasil, essa modalidade de empréstimo pela internet chegou em abril.
"Fazemos a intermediação entre quem precisa tomar empréstimo e quem quer investir", diz Eldes Mattiuzzo, sócio e diretor geral da Fairplace.
"Para quem precisa do dinheiro, o atrativo é o juro menor que o cobrado por bancos e financeiras. Para quem empresta, o atrativo é a remuneração com taxas maiores que os títulos de renda fixa", diz Mattiuzzo, que trabalhou 17 anos no setor financeiro.
A empresa já fez a intermediação de 187 empréstimos, no valor total de R$ 665 mil. Cada um dos 1.455 investidores aplicou, em média, R$ 586.
Em julho, os investidores tiveram rendimento de 2,56%. Para os tomadores de crédito, a taxa média foi de 3,2%, diz Mattiuzzo.
Quem quer crédito tem de se cadastrar no site, preencher proposta com dados pessoais, valor, finalidade e juros que está disposto a pagar. É cobrada taxa de R$ 50 para o cadastro e 5% sobre o valor do empréstimo de um ano.
Os pedidos variam de R$ 1.000 a R$ 5.000. Os dados são analisados e é definida uma classificação de risco para cada tomador, que servirá para que os investidores definam os juros que cobrarão. Quanto menor for o risco, menor será a taxa.
"É feito um leilão de taxas entre os investidores. As menores são escolhidas", diz o diretor.
O Banco Central informa que, por não se tratar de instituição financeira, a empresa não é fiscalizada. E que "empresas que operam como instituições financeiras sem autorização estão sujeitas a penalidades previstas em lei".
O Procon recomenda comparar taxas e serviços oferecidos e analisar se as parcelas não comprometerão o orçamento. (CR)

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