São Paulo, segunda-feira, 15 de novembro de 2010

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Estrangeiras ganham terreno na Bolsa de SP

Baixa liquidez limita expansão de negócios

DE SÃO PAULO

Os papéis de empresas estrangeiras começam a ganhar terreno na Bolsa brasileira, que já sente aumento de interesse dos investidores brasileiros e que programou a estreia de mais dez companhias no final deste mês.
Os papéis de empresas como Apple e Google já subiram 11,28% e 16,28% na Bolsa brasileira desde seu lançamento, no dia 5 de outubro. Já os papéis do supermercado Walmart e da cosmética Avon estão em baixa de 0,87% e de 5,92%, respectivamente.
No mesmo período, o Ibovespa teve queda de 1,29%.
No próximo dia 29, outras dez empresas estrangeiras terão seus papéis negociados no Brasil: Alcoa, Cisco Systems, Citigroup, Freeport-McMoran Copper & Gold, General Electric, Intel, Merck, Microsoft, Procter & Gamble e Wells Fargo.

SÓ FUNDOS
Por enquanto, o investidor pessoa física não pode negociar diretamente esses papéis no "homebroker". O caminho é entrar em fundos de investimento que aloquem parte dos recursos em papéis de companhias estrangeiras.
A restrição se deve ao fato de que os papéis estrangeiros são negociados no Brasil de forma indireta, por meio de BDRs (Brazilian Depositary Receipts), espécie de "recibo" conversível nas ações negociadas no exterior.
Esses recibos são chamados "não patrocinados" porque essas empresas não lideraram o trâmite burocrático para ter suas ações listadas no Brasil. Essas empresas não publicam balanços em português, nem se submetem às regras brasileiras.
Os bancos Deutsche Bank e Citibank se encarregam de comprar as ações, em dólar ou euro, nos países de origem. Depois, emitem o recibo em reais no Brasil.
O maior entrave ainda é a liquidez baixa desse mercado, que tem pouco mais de um mês no país.
Alguns desses papéis nem chegam a ser negociados diariamente. A última vez que os BDRs do Mc Donalds foram negociados, por exemplo, foi no dia 29 de outubro.
Para trazer investidores, a Bolsa contratou o banco Indusval Multistock como formador de mercado. O banco será responsável por dar preço, comprar e vender esses papéis sempre que houver oferta de negócio.
A expectativa é que os bancos lancem fundos simplificados, que podem ser negociados como ações no pregão. (TONI SCIARRETTA)


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