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Estrangeiras ganham terreno na Bolsa de SP
Baixa liquidez limita expansão de negócios
DE SÃO PAULO
Os papéis de empresas estrangeiras começam a ganhar terreno na Bolsa brasileira, que já sente aumento
de interesse dos investidores
brasileiros e que programou
a estreia de mais dez companhias no final deste mês.
Os papéis de empresas como Apple e Google já subiram 11,28% e 16,28% na Bolsa brasileira desde seu lançamento, no dia 5 de outubro.
Já os papéis do supermercado Walmart e da cosmética
Avon estão em baixa de
0,87% e de 5,92%, respectivamente.
No mesmo período, o Ibovespa teve queda de 1,29%.
No próximo dia 29, outras
dez empresas estrangeiras
terão seus papéis negociados
no Brasil: Alcoa, Cisco
Systems, Citigroup, Freeport-McMoran Copper & Gold, General Electric, Intel, Merck,
Microsoft, Procter & Gamble
e Wells Fargo.
SÓ FUNDOS
Por enquanto, o investidor
pessoa física não pode negociar diretamente esses papéis
no "homebroker". O caminho é entrar em fundos de investimento que aloquem parte dos recursos em papéis de
companhias estrangeiras.
A restrição se deve ao fato
de que os papéis estrangeiros
são negociados no Brasil de
forma indireta, por meio de
BDRs (Brazilian Depositary
Receipts), espécie de "recibo" conversível nas ações negociadas no exterior.
Esses recibos são chamados "não patrocinados" porque essas empresas não lideraram o trâmite burocrático
para ter suas ações listadas
no Brasil. Essas empresas
não publicam balanços em
português, nem se submetem às regras brasileiras.
Os bancos Deutsche Bank
e Citibank se encarregam de
comprar as ações, em dólar
ou euro, nos países de origem. Depois, emitem o recibo em reais no Brasil.
O maior entrave ainda é a
liquidez baixa desse mercado, que tem pouco mais de
um mês no país.
Alguns desses papéis nem
chegam a ser negociados diariamente. A última vez que os
BDRs do Mc Donalds foram
negociados, por exemplo, foi
no dia 29 de outubro.
Para trazer investidores, a
Bolsa contratou o banco Indusval Multistock como formador de mercado. O banco
será responsável por dar preço, comprar e vender esses
papéis sempre que houver
oferta de negócio.
A expectativa é que os
bancos lancem fundos simplificados, que podem ser negociados como ações no pregão.
(TONI SCIARRETTA)
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