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MERCADO ABERTO
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Com lei de mídia argentina, Brasil perde R$ 450 mi
O mercado brasileiro de
comunicação audiovisual
pode perder R$ 450 milhões
em faturamento em um ano
por conta da nova lei argentina que regula o setor.
A estimativa é da Apro (associação de produtoras), que
procurou a Ancine na última
semana para tentar dialogar
com o país vizinho.
A Argentina restringiu em
sua TV a veiculação de vídeos filmados em países estrangeiros. A partir da nova
lei, passam a ser permitidos
apenas comerciais gravados
lá e com pelo menos 60% de
atores argentinos no elenco.
A determinação afugenta
do Brasil anunciantes multinacionais, segundo empresários do setor, e prejudica as
agências de publicidade e
produtoras brasileiras.
"O cliente vai preferir concentrar a produção lá. Em
menos de um mês, alguns
anunciantes já abandonaram trabalhos no Brasil",
afirma Sônia Piassa, diretora-executiva da Apro.
"É ruim isso ocorrer justo
agora que o consumo está
crescendo aqui e deveria
atrair a atenção de clientes
internacionais", diz Luiz Lara, da Abap (de agências).
O setor levantou o tamanho do prejuízo que pode sofrer. Os dados serão entregues à Ancine, que nesta semana deve apresentá-los em reunião com os ministérios
do Desenvolvimento, Relações Exteriores e Casa Civil.
"Calculamos que em um
ano o Brasil deve deixar de
produzir 900 títulos e perder
75 mil postos de trabalho
temporário", diz Piassa.
"Já manifestamos o incômodo à autoridade de audiovisual argentina. Dissemos
que pelo Mercosul não é permitido barrar circulação de
obras publicitárias. Nesta semana falaremos com os ministérios", diz Manoel Rangel, presidente da Ancine.
Culpa dos banqueiros
Em seu novo livro, "O Mundo
em Queda Livre" (Companhia
das Letras, 574 págs.), o economista americano Joseph Stiglitz, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2001, critica o comportamento dos
banqueiros e diz que eles foram os principais responsáveis pela crise mundial deflagrada em setembro de 2008.
O MUNDO EM QUEDA LIVRE
de Joseph Stiglitz
EDITORA Companhia das Letras
QUANTO R$ 66,00
NÚMERO DE PÁGINAS 574
GÊNERO Economia
Inflação hospitalar se desacelera, mas ainda está
acima do IPCA
O custo das operadoras de
planos e seguros de saúde na
modalidade individual teve
neste ano a maior desaceleração desde 2007, segundo o
IESS (Instituto de Estudos de
Saúde Suplementar).
Apesar da redução, os custos continuam crescendo acima do IPCA (Índice de Preços
ao Consumidor Amplo).
A maior responsável pela
alta de 9,4% em relação ao
período entre junho de 2009
e o mesmo mês deste ano foi
a despesa com terapias.
Os gastos com atendimentos, como de fonoaudiologia
e de fisioterapia, aumentaram 13,1%.
O custo das internações
vem em segundo lugar. Ele
subiu 11% no período.
Apesar da desaceleração
do aumento dos custos em
junho, a diferença entre a inflação hospitalar e a de preços em geral ainda está alta,
de 4,7 pontos percentuais.
Resultado bem distante do
período de maio de 2008,
quando era de apenas 1,5
ponto percentual.
MAIOR ALCANCE
O HSBC vai lançar um
sistema que permite fazer
pelo celular consultas e
transações financeiras,
além de saques nos caixas
eletrônicos.
O banco afirma ter investido R$ 275 milhões em tecnologia, o que inclui o projeto "Meu HSBC Celular".
O sistema, que possibilita pagamento de contas,
como de água, telefone,
gás, luz e títulos bancários,
é diferente do de outras instituições, segundo o argentino Sebastian Arcuri, novo
diretor-executivo de pessoa
física do HSBC no país.
"Permite saques no caixa eletrônico e tem a segurança da tecnologia de "token'", afirma. "Queremos
ser o banco com a maior
aproximação com nossos
clientes e com tecnologia
avançada. Não se pode estar mais próximo do que
com o celular", diz.
Pela mesma razão, o
banco vai dobrar o número
de gerentes de relacionamento, para 3.000, até
2012. As diretorias regionais, que eram quatro,
passarão a sete. As gerências regionais, por sua vez,
aumentaram de 27 para 42.
FÁBRICA À VISTA
A alemã Still, uma das
maiores fabricantes de empilhadeiras do mundo, adquiriu terreno em Indaiatuba,
município a cem quilômetros
de São Paulo. A aquisição é o
passo inicial para a construção de uma fábrica na cidade, a segunda sede do grupo
no país. A informação já foi
dada ao prefeito de Indaiatuba, Reinaldo Nogueira (PDT),
mas a Still só se pronunciará
a partir de março de 2011.
Quantidade
de pescado importado tem queda em 2010
A quantidade de toneladas
de pescado importado caiu
em 2010 após sete anos de
tendência de alta.
Em 2009, a diferença entre
o que o Brasil exportava e importava chegou a seu maior
nível, 200 mil toneladas.
Apesar da queda no peso
do pescado, a balança em dólares continua com deficits
comerciais cada vez maiores.
Em 2003, o superavit era
de US$ 225 milhões. Até outubro deste ano, o deficit foi a
US$ 566 milhões, segundo
Itamar Rocha, da associação
de criadores de camarão.
Rocha prevê que as importações cheguem a R$ 1 bilhão
até o fim do ano. Segundo
ele, o declínio das exportações é reflexo da falta de incentivos associada ao aumento da demanda interna.
"O país tem se destacado
como quinto maior importador de pescado mundial e
primeiro da América Latina."
JUROS MENORES
O Banco do Brasil vai oferecer linhas de crédito com
juros menores para os clientes que utilizam o limite de
cheque especial e o rotativo
do cartão. A partir de amanhã, ao acessar o site, o cliente com saldo devedor vai visualizar a melhor alternativa
de crédito disponível, considerando taxas e prazos.
Inflação pós-eleição
Governos seguram o preço dos
produtos para agradar aos
consumidores antes das eleições, e a inflação dos alimentos nas últimas semanas pode
ser um reflexo desse fenômeno no Brasil. Essa é a opinião
do economista Rodrigo Moita,
que participa na tarde de hoje
de seminário sobre economia
e política no Insper (Instituto
de Ensino e Pesquisa).
Paladar feminino O aumento do consumo de cervejas artesanais no Brasil trouxe
um novo cliente, segundo a rede Mr. Beer Cervejas. As mulheres representam 40% do
consumo total da rede, seja
com a compra para presente
ou consumo próprio. A empresa planeja expansão para o interior de São Paulo, interior do
Paraná, Distrito Federal e Rio
de Janeiro.
Papo financeiro A Escola de Pós-Graduação em Economia da FGV promoverá, entre amanhã e sábado, no Rio
de Janeiro, a Financial Economics in Rio, conferência que
reunirá mais de dez especialistas internacionais. Entre os temas que serão debatidos estão
o risco de contágio entre diferentes economias e como regras para distribuição de dividendos afetam as empresas.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, VITOR SION, ANDRÉ LOBATO e AGNALDO BRITO
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