São Paulo, quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Só rádio e freezer não aproveitam expansão de eletros Rádio virou acessório de celulares e aparelhos de DVD; sem inflação alta, freezer dá lugar a geladeira dúplex Televisor está em 95% das casas; um terço das residências agora tem computador, item que teve grande evolução DE SÃO PAULO Com a expansão do consumo nos últimos anos, cresceu a participação dos eletrodomésticos e eletrônicos nas residências brasileiras. De 2002 para 2009, mais famílias passaram a ter TV colorida, geladeira, máquina de lavar roupa e microcomputador. As exceções são o rádio e o freezer. No primeiro caso, a presença ficou estável; no segundo, caiu de 18% para 15%. Os dados fazem parte do levantamento realizado pelo Instituto Data Popular, com dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE, com informações de 2002 e 2009. "O rádio passou a estar presente em outros produtos, como celulares e aparelhos de DVD. Virou um acessório e, por isso, não houve uma evolução dele nos últimos anos", afirma Renato Meirelles, sócio-diretor do Data Popular. Já no caso do freezer, as famílias cada vez mais substituem o produto pelas geladeiras dúplex (com duas portas). "Antigamente havia a necessidade de estocar alimentos, por causa da inflação alta. Isso não ocorre mais", afirma. PRATICIDADE Ao mesmo tempo, cresce a presença de produtos semiprontos no dia a dia das famílias brasileiras. "Com as mulheres indo cada vez mais para o mercado de trabalho e a necessidade de ter soluções práticas em casa, os brasileiros querem mais espaço na geladeira, o que a dúplex resolve", afirma ele. Consumidor de classe média, o assistente administrativo Waldenir França, 45, faz parte das famílias que pretendem obter o bem. "Quero adquirir uma geladeira dúplex neste Natal. Faz algum tempo que venho pesquisando e, se houver uma promoção, irei comprar", conta ele. Segundo França, além de ter mais espaço, a vantagem de uma geladeira nova é o menor consumo de energia. "A que tenho hoje já tem mais de dez anos e acabo gastando mais com ela." França também comprou uma televisão de plasma há cerca de um ano. "Tenho mais duas televisões, que não são de tela fina. Se pudesse, trocaria todas porque elas ocupam mais espaço." Entre 2002 e 2009, a presença dos televisores nas casas brasileiras passou de 85% para 95%. Nas classes A e B, o índice chega a 100%. A geladeira é outro bem presente na quase totalidade das casas brasileiras, segundo a pesquisa do Data Popular. São 93% dos domicílios com esse tipo de produto, quando em 2002 eram 87%. Além do freezer, os produtos com menor presença nos domicílios são o microcomputador e a máquina de lavar roupa. Esta última está em 44% dos lares e em apenas 11% das casas de famílias de classe E. No caso dos computadores, a evolução nos últimos anos foi significativa, de 14% para 34%. "Com a redução dos preços nos últimos anos, assim como dos impostos, o computador passou a ser um bem mais acessível", diz o sócio-diretor. De acordo com Meirelles, cada vez mais jovens com acesso ao mercado de trabalho querem comprar um computador, incentivados por seus pais. "Ele é visto como um investimento." (MARIANA SALLOWICZ) Texto Anterior: Sorveteria argentina Freddo chega ao Brasil Próximo Texto: Vinicius Torres Freire: Teoria da inflação no varejo Índice | Comunicar Erros

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