São Paulo, quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Apple lança serviço de assinatura no iPad Se publicação for assinada via App Store, o que não será obrigatório, empresa de tecnologia ficará com 30% do valor Apple só permitia venda de uma edição por vez, o que encarecia produtos; editoras nos EUA estão reticentes com modelo ÁLVARO FAGUNDES DE NOVA YORK A Apple anunciou ontem o lançamento do serviço de assinatura para aplicativos em seus aparelhos, em uma lista que vai de jornais a vídeos. O modelo segue o já adotado pela empresa com o "Daily", o jornal exclusivo para iPad lançado recentemente pela News Corp., empresa de Rupert Murdoch. A Apple vai ficar com 30% do valor da assinatura caso ela seja feita diretamente na App Store. Caso contrário (se a assinatura for feita no site do jornal, por exemplo), o dono do aplicativo não precisa repartir o montante. A criação de um sistema de assinatura para iPads, iPhones e iPod Touch era uma das grandes reclamações dos criadores de aplicativos e de consumidores. Isso porque a Apple só permitia a venda de uma única edição por vez, o que encarecia e tornava pouco competitivos os produtos. Agora, os proprietários do conteúdo poderão determinar o valor e o período da assinatura. A "Elle" já anunciou ontem que a assinatura da sua edição americana será vendida por US$ 2,99 mensais ou US$ 18,99 ao ano. Ao menos nos EUA, editoras estão reticentes com a oferta da Apple. Um dos motivos é que restringe o acesso aos dados do leitor, o que as publicações consideram fundamental para poder vender melhor o acesso ao seu conteúdo nos diversos formatos. O consumidor, na hora da assinatura, vai poder decidir quais dados -se algum- quer fornecer. Porém, é considerado pouco provável que muitos deles optem por divulgar informações como endereço ou e-mail. Outro ponto considerado polêmico é que, segundo a própria Apple, as publicações que aceitarem vender assinatura pelo sistema dela "não poderão mais fornecer links (para um site, por exemplo) que permitam que o consumidor compre conteúdo ou assinaturas fora do aplicativo". Elas também não podem vender a assinatura fora do aplicativo por um valor inferior ao da Apple, o que torna mais difícil que o consumidor não adote a App Store, já que não precisará fazer cadastro em mais de um lugar. Texto Anterior: Alexandre Schwartsman: Muito pouco; muito tarde Próximo Texto: Serviço: Hotel em NY põe tablet nos quartos Índice | Comunicar Erros

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