São Paulo, sábado, 16 de abril de 2011

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FOCO

Dilma visita centro de pesquisa da ZTE, que investirá US$ 200 mi no Brasil

FABIANO MAISONNAVE
ENVIADO ESPECIAL A XIAN (CHINA)

No penúltimo dia da visita à China, a presidente Dilma Rousseff visitou ontem um centro de pesquisa e desenvolvimento da ZTE, empresa chinesa de telecomunicações que anunciou investimentos de US$ 200 milhões para construir uma fábrica em Hortolândia (90 km de São Paulo).
Dilma chegou ao centro, localizado em Xian (914 km a sudoeste de Pequim) ontem à noite. Na visita de 45 minutos, demonstrou interesse em saber como a China expandiu a sua rede de banda larga. O país tem mais de 450 milhões de usuários na rede.
Ela perguntou se os cerca de 2.000 futuros funcionários na unidade de Hortolândia serão brasileiros -ouviu que a mão de obra local representará 80% do total.
A ZTE é um dos três grandes investimentos em tecnologia anunciados na visita de seis dias de Dilma à China, que termina hoje. As outras duas empresas são a taiwanesa Foxconn e a chinesa Huawei.
A ZTE já atua no mercado brasileiro desde 2001, com produtos importados da China. Segundo dados da empresa, tem 70% do mercado de modem para computadores e 4% do de celulares.
A fábrica em Hortolândia ficará pronta em dois anos, será a primeira da ZTE fora da China e servirá de base para as operações da empresa na América Latina.
O complexo incluirá centros de pesquisa e desenvolvimento, de distribuição, de treinamento e um call center.

BANDA LARGA
Segundo a empresa, pesaram na decisão o interesse em participar do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga) e os bons resultados no país -desde 2007, as vendas crescem mais de 100% ao ano.
"O PNBL era o componente que faltava para a ZTE decidir investir no Brasil", disse o presidente da empresa no país, Eliandro Ávila.
Questionado sobre por que investir no Brasil num momento em que a indústria reclama de falta de competitividade justamente contra a China, o presidente e fundador da ZTE, Hou Weigui, disse que o país tem altos custos, mas isso é apenas uma das variáveis.
"Com uma fábrica no Brasil, podemos dar a resposta mais rápida à demanda dos clientes. E o Brasil tem outro tipo de talento, diferente da China. Por isso, queremos fazer pesquisa e desenvolvimento no país", disse Hou, em entrevista coletiva antes da chegada de Dilma.
No ano passado, a empresa, que tem 75 mil funcionários em todo o mundo, faturou US$ 11 bilhões, dos quais US$ 600 milhões no Brasil, um dos cinco maiores mercados da ZTE.
Presente na visita, o prefeito de Hortolândia, Angelo Perugini (PT), disse que o PIB do município, hoje de US$ 5 bilhões, crescerá 30%. A cidade de 200 mil habitantes já abriga a Dell e a IBM.


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