São Paulo, sábado, 16 de abril de 2011

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Bovespa recua quase 3% na semana

Após cinco rodadas consecutivas de perdas, Bolsa de SP registra alta de 0,61%, puxada por ações da Petrobras

Temor de um aperto monetário na China e expectativa por alta dos juros no Brasil alimentam cautela

EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO

O mercado brasileiro de ações teve uma de suas piores semanas no ano, sem enxergar perspectivas muito mais otimistas à frente.
Segue a combinação que derrubou o Ibovespa, termômetro da Bolsa, em quase 3% nos últimos dias: cenário externo conturbado e incertezas sobre o que o governo deve fazer a respeito da inflação (em alta) e da taxa de câmbio (em baixa).
Para piorar, a semana que vem será mais curta (três dias apenas), porém com uma pesada agenda de eventos econômicos, sendo um dos principais a reunião do Banco Central para definir a nova taxa de juros.
Como os mercados externos devem operar nos dias restantes, analistas já contam com um investidor mais cauteloso.
Ontem, a Bolsa teve um momento de respiro após cinco rodadas consecutivas de perdas, e o Ibovespa subiu 0,61%. As ações da Petrobras se valorizaram em cerca de 2% e concentraram boa parte dos negócios. O dólar caiu 0,1% e fechou a R$ 1,578.
Em Londres, Frankfurt e Nova York, os principais índices de ações avançaram entre 0,4% e 0,5%.
O expediente de ontem foi o mais cheio desta semana e deixou um gosto amargo: o robusto crescimento chinês (quase 10% no primeiro trimestre) e a inflação um pouco acima das expectativas renovaram os temores de que Pequim anuncie novas medidas para frear a economia.
A nota positiva veio dos Estados Unidos, que novamente entregou números mais favoráveis. Mais indicadores desse país aguardam os investidores na próxima semana.
Os dados "podem injetar algum ânimo nos mercados", na visão da área econômica da corretora Coinvalores -com a ressalva de que consumo e mercado de trabalho seguem fragilizados.

COPOM
Até ontem, as opiniões de boa parte dos economistas convergiam para aumento de 0,50 ponto percentual da taxa Selic, hoje em 11,75% ao ano. Restavam dúvidas, no entanto, sobre a extensão desse aperto monetário, e alguns analistas apostavam numa pausa, com retomada no segundo semestre.


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