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Governo de SP autoriza edital do Rodoanel
Licitação da concessão dos trechos sul e leste da obra viária era esperada para abril
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DE BRASÍLIA
O governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB),
autorizou o lançamento do
edital da concessão dos trechos sul e leste do Rodoanel.
A autorização foi feita com
atraso, já que o início da licitação era esperado para abril
deste ano. O edital deve ser
lançado ainda neste mês.
O edital vai trazer mais detalhes do leilão, mas o governo do Estado já definiu que
não vai aceitar grandes mudanças no traçado do trecho
leste. Em obras anteriores, o
Estado dava maior liberdade
às empreiteiras para a definição do traçado.
O novo tramo do Rodoanel
ligará o trecho sul, na região
de Mauá (Grande SP), à rodovia Ayrton Senna e dali até o
trecho norte, chegando ao
aeroporto de Cumbica, em
Guarulhos.
No trecho sul, que foi inaugurado no início do ano, o
pedágio poderá ser cobrado
após um programa de investimentos ainda indefinido
pelo governo do Estado. A cobrança está prevista para o
início de 2011.
O grupo que vencer a concessão poderá explorar o pedágio do trecho sul, construído pelo governo ao custo de
R$ 5 bilhões, e, como contrapartida, terá de executar as
obras do trecho leste, de 42,4
km e custo semelhante.
O teto da tarifa do pedágio
será de R$ 6,00 (trecho sul) e
de R$ 4,50 (leste), com reajuste anual pelo IPCA (Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). O prazo da
concessão é de 35 anos.
O decreto do governador
permite que a concessionária
antecipe a cobrança do pedágio no trecho leste, entre as
conexões com o trecho sul e a
rodovia SP-66, assim que o
lote estiver concluído.
Como outorga fixa, a concessionária vai pagar R$ 370
milhões.
O prazo de entrega do trecho leste, que já conta com licença ambiental, foi fixado
em 36 meses.
Segundo a Folha apurou,
há divergências dentro do
governo sobre quando deve
ser lançado o edital.
Uma corrente defende que
o edital seja publicado ainda
em julho. Já outro grupo prefere que isso ocorra somente
depois do primeiro turno das
eleições, já que há o temor de
que o debate sobre as tarifas
de pedágio prejudique a
campanha eleitoral do PSDB
no Estado de São Paulo.
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