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commodities
Eike vende siderúrgica para argentinos
PEDRO SOARES
DO RIO
Empresa de logística do
empresário Eike Batista, a
LLX anunciou ontem a venda
da Siderúrgica Norte Fluminense para a Ternium.
A empresa desenvolve o
projeto para a construção de
uma usina no porto do Açu
(RJ), com capacidade de produção de 5,6 milhões de toneladas de aço.
Não foi revelado o valor do
negócio nem o investimento
necessário para erguer a nova siderúrgica. O setor estima
que uma siderúrgica desse
porte consuma investimentos de cerca de R$ 10 bilhões.
No começo deste ano, o
grupo de Eike já havia fechado um acordo semelhante
com a chinesa Wisco para a
construção de outra usina na
área contígua ao porto, cuja
capacidade inicial será de
5 milhões de toneladas de
aço por ano.
Controlada pelo conglomerado argentino Techint, a
Ternium tem participação
minoritária de 14% da brasileira Usiminas.
No acordo, a Ternium contratou ainda a LLX como
prestadora exclusiva de serviços portuários. Foram firmados dois contratos de longo prazo: um deles para o embarque de aço para o exterior, e outro para o desembarque de carvão -insumo siderúrgico do qual o país é dependente de importações.
LICENÇA AMBIENTAL
Já na área de petróleo, a
LLX anunciou ainda a obtenção de licença de instalação
de unidade de tratamento de
óleo que funcionará também
na área do porto do Açu.
Trata-se da segunda etapa
do processo de licenciamento ambiental -a empresa já
possuía a licença prévia.
A partir de agora, a companhia já tem o aval dos órgãos
ambientais do Estado do Rio
para iniciar as obras, previstas para o primeiro trimestre
de 2011. A conclusão deve
ocorrer até o final de 2012.
A ideia da LLX é ser uma
prestadora de serviços na
área de petróleo. Na unidade, o produto será beneficiado com a separação de água e
sal -atividade muitas vezes
realizada nas próprias plataformas de produção de petróleo.
O empreendimento terá
capacidade para tratar
1,2 milhão de barris de óleo
por dia e conta ainda com
áreas para estocagem.
A unidade receberá o petróleo a ser produzido pela
OGX, petroleira do mesmo
grupo, e de outras empresas.
A LLX já tem memorandos
de entendimento assinados
com Shell, Chevron -que já
produzem na bacia de Campos- e outras empresas.
CARROS ELÉTRICOS
Eike anunciou ontem que
investirá cerca de US$ 1 bilhão (R$ 1,73 bilhão) para
construir uma fábrica de carros elétricos no Brasil, com
capital nacional e tecnologia
europeia e japonesa.
A montadora, a ser instalada no porto do Açu, começará produzindo 100 mil veículos por ano e colocará as primeiras unidades no mercado
em 2014. O empresário afirmou que procurará o BNDES
em busca de financiamento.
O fato de a unidade ser
construída no porto do Açu,
diz, permitirá redução de
US$ 200 por automóvel. O
empresário já teve experiência malsucedida no setor automotivo, com a extinta JPX.
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