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MERCADO ABERTO
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Micro e pequenas indústrias começam a demitir em SP
As micro e pequenas indústrias do Estado de São Paulo começaram a demitir, segundo o Simpi-SP (sindicato do setor).
Levantamento da entidade aponta que, entre 400 empresas consultadas com até 50 funcionários, 55 precisaram demitir no último ano.
O número de postos de trabalho sacrificados supera os 400, de acordo com Joseph Couri, presidente do sindicato, que atribui a crise à concorrência desleal de produtos importados.
"Isso dá entre sete e oito funcionários demitidos por empresa", afirma.
Mais de 40% dos empresários citaram práticas desleais de concorrência. "E não estou falando só de China", diz.
Entre as que ainda não começaram a dispensar trabalhadores, 70 tinham possibilidade de contratação, mas abandonaram os planos.
"Na crise de 2008, foram as micro, pequenas e médias empresas que mantiveram e geraram empregos enquanto as grandes demitiam, frente ao cenário globalizado."
Couri afirma que "se quem gerou começa agora a demitir, isso significa que o governo deve se preocupar".
O estudo também indica que o peso da folha de pagamento no total de despesas das empresas consultadas ficou em 27,7% em média e que 33% buscaram financiamento no último ano.
Brasil é o quarto país em adoção
de medidas
restritivas do G20
O Brasil é o quarto país do G20 que mais adota medidas restritivas contra produtos de outros membros do grupo, de acordo com dados do GTA (Global Trade Alert).
O governo brasileiro mantém 38 ações que impedem o livre comércio na organização, formada por 19 países e a União Europeia.
Além do Brasil, Rússia, Índia e China também estão entre os seis países que mais implementam medidas restritivas no grupo.
A Argentina lidera a lista com 95 ações contra o livre comércio.
O Japão, por sua vez, é o país que impõe menos barreiras. Há em vigor apenas oito decisões desse tipo do governo japonês, segundo o GTA.
Entre as principais medidas restritivas adotadas estão aumento de impostos, boicote à compra de alguns produtos e condições impostas para beneficiar empresas locais.
COMPETITIVIDADE
Inovação e competitividade no Brasil e nos Estados Unidos serão discutidos em Washington, em conferência nos dias 19 e 20. Entre os temas, está a informática na área de saúde.
Os debates, que envolverão empresários, autoridades de governo e membros da comunidade acadêmica, serão promovidos pelo MBC (Movimento Brasil Competitivo), pela ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial) e pelo CoC (Conselho de Competitividade).
Os resultados do encontro prepararão o 13º Laboratório de Aprendizagem e Inovação, nos dias 17 e 18 de novembro, em Porto Alegre (RS), com a presença de Deborah Wince-Smith, presidente do CoC.
AÇO EM MÓDULOS
A espanhola Azespacio, especializada em módulos habitacionais pré-fabricados, vai abrir operação no Brasil, para fornecer aos setores de construção, mineração e petróleo.
Os módulos, de aço galvanizado, são usados em obras, como escritórios, alojamentos etc.
As operações no mercado brasileiro ainda não começaram, segundo Januário Fabrim, responsável pela operação da empresa no país, que, a partir daqui, já começou a realizar vendas para a empresa em América Central, Caribe e África.
O início do funcionamento da fábrica, que deve ser instalada em São Paulo, está previsto para 2012.
"Também pretendo homologar o produto para fornecer casas de aço prontas para o Minha Casa, Minha Vida." Além do Brasil, a demanda está forte em países como Peru, Chile, Colômbia, Panamá e Angola.
com JOANA CUNHA, VITOR SION e LUCIANA DYNIEWICZ
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