São Paulo, sábado, 16 de outubro de 2010

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Governo não vai se precipitar, diz Mantega

Ministro afirma que se entrada de dólares não cair, outras medidas serão tomadas

MÁRIO SÉRGIO LIMA
DE BRASÍLIA

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que o governo federal não vai se precipitar na questão cambial e que está observando a movimentação dos mercados para ver se "há uma acalmada" na entrada de dólares.
Contudo, o ministro admitiu que, caso contrário, serão tomadas medidas adicionais para evitar uma maior valorização do real.
"Nós temos de observar. Não vamos nos precipitar. Temos de ver se não dá uma acalmada espontânea. Senão tomaremos mais medidas", afirmou Mantega.
No entanto, ele não comentou quais seriam as possíveis medidas adicionais a serem tomadas.
Segundo Mantega, até o momento, as medidas para o câmbio são aquelas já anunciadas, como o aumento da alíquota de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 2% para 4% incidente nos investimentos estrangeiros em renda fixa no país e a autorização para que o Tesouro apresse as compras de moeda estrangeira para o pagamento da dívida externa brasileira.
"No momento nós temos de aguardar para ver se há uma estabilização. Eu acredito que a principal razão que nós tivemos para essa valorização nos últimos dias foi uma forte entrada de dólares que houve em setembro, por causa da Petrobras. Foram US$ 16 bilhões que entraram em setembro. É uma soma extraordinária", afirmou.
Uma outra medida tomada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) impede que os investidores estrangeiros fujam do novo imposto ao evitar que ele aplique inicialmente os recursos em Bolsa -que têm o IOF menor- e depois migre para a renda fixa a fim de fugir da nova alíquota de 4%.


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