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Governo não vai se precipitar, diz Mantega
Ministro afirma que se entrada de dólares não cair, outras medidas serão tomadas
MÁRIO SÉRGIO LIMA
DE BRASÍLIA
O ministro da Fazenda,
Guido Mantega, afirmou ontem que o governo federal
não vai se precipitar na questão cambial e que está observando a movimentação dos
mercados para ver se "há
uma acalmada" na entrada
de dólares.
Contudo, o ministro admitiu que, caso contrário, serão
tomadas medidas adicionais
para evitar uma maior valorização do real.
"Nós temos de observar.
Não vamos nos precipitar.
Temos de ver se não dá uma
acalmada espontânea. Senão tomaremos mais medidas", afirmou Mantega.
No entanto, ele não comentou quais seriam as possíveis medidas adicionais a
serem tomadas.
Segundo Mantega, até o
momento, as medidas para o
câmbio são aquelas já anunciadas, como o aumento da
alíquota de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)
de 2% para 4% incidente nos
investimentos estrangeiros
em renda fixa no país e a autorização para que o Tesouro
apresse as compras de moeda estrangeira para o pagamento da dívida externa brasileira.
"No momento nós temos
de aguardar para ver se há
uma estabilização. Eu acredito que a principal razão que
nós tivemos para essa valorização nos últimos dias foi
uma forte entrada de dólares
que houve em setembro, por
causa da Petrobras. Foram
US$ 16 bilhões que entraram
em setembro. É uma soma
extraordinária", afirmou.
Uma outra medida tomada
pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) impede que os
investidores estrangeiros fujam do novo imposto ao evitar que ele aplique inicialmente os recursos em Bolsa
-que têm o IOF menor- e
depois migre para a renda fixa a fim de fugir da nova alíquota de 4%.
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