São Paulo, terça-feira, 16 de novembro de 2010

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Mercado Aberto

MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br

Ex-BBDTVM une-se a antigos sócios do Pactual

Nelson Rocha Augusto, presidente do Banco Ribeirão Preto, tornou-se sócio da Vinci Partners, gestora com mais de R$ 8 bilhões sob administração, criada por Gilberto Sayão e outros ex-donos do Pactual.
Muito próximo do ex-ministro Antonio Palocci, Augusto, que presidiu a administradora líder, a Banco do BrasilDTVM, vai criar um Fundo de Direito Creditório (FDIC) na nova casa.
A expectativa de captação do FDIC é de R$ 2 bilhões.
"É um fundo para entrar com crédito, não com capital", diz Rocha Augusto.
"Vai funcionar como um "lubrificador" para que o projeto possa iniciar mais rápido", segundo o presidente do Ribeirão Preto.
Rocha Augusto vai continuar no comando do banco no interior de São Paulo, onde tem uma participação acionária, mesmo depois de ingressar na Vinci.
O desenho do FDIC começou a ser tratado antes mesmo de o executivo fechar com a gestora que conta hoje com cerca de 30 sócios.
O fundo deve comprar papéis de empreendimentos em infraestrutura, petróleo, construção, entre outros.

G20 ajudou pouco os Brics, diz banco

O G20 abriu poucas perspectivas para os emergentes, mesmo com a maior participação no FMI. A avaliação é de Júlio Callegari, economista-sênior do JP Morgan. Especializado em mercados emergentes, Callegari comenta a posição dos Brics.

BRASIL
Tem o desafio de continuar equilibrando a questão cambial. Deve continuar a evitar uma apreciação que impacte a indústria, e driblar uma depreciação que resulte em inflação. Nada deve mudar até o fim do ano, nem no próximo governo.

CHINA
Deve permanecer na defesa da manutenção de sua política monetária ao menos no curto prazo.

ÍNDIA
Por ser um muito fechado, é pouco afetado pelas questões cambiais. Manteve-se distante da discussão. Em dez anos, pode tomar o lugar da China.

RÚSSIA
Tem outras prioridades, como controlar a inflação.

FMI
A ampliação da participação é importante por representar melhor o cenário mundial, mas não terá efeito no curto prazo.

Rio cresce nas exportações nacionais

A participação do Rio de Janeiro nas exportações do país alcançou o recorde de 9,5% no ano, segundo boletim da Firjan (federação das indústrias), divulgado hoje. O Estado ocupa o terceiro lugar do ranking. Em 2000, era o nono, com 3,3%.
O comércio exterior fluminense superou, no acumulado até setembro, o total de 2009 em exportações e importações, alcançando US$ 18 bilhões e US$ 15,6 bilhões, respectivamente.
"Na crise, enquanto as exportações nacionais caíam em quantidade, no Rio, ganhávamos mercado. A queda foi só no preço. Por isso, tivemos melhor desempenho", diz Guilherme Mercês, gerente da federação.
O principal produto de exportação, o petróleo, que tem mais de 70% da pauta do Estado, gerou US$ 1,2 bilhão em setembro. Dentre os manufaturados, a cadeia automotiva puxou a alta, com US$ 106,7 milhões.
"O setor de transporte foi impulsionado pelo avanço das vendas para a América Latina", diz.
As importações foram ditadas pela compra de máquinas e equipamentos para CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico) e somaram US$ 1,9 bilhão em setembro.

Frentista 1 Abastecer com etanol em São Paulo está 19,3% mais caro, segundo a Ticket Car. Em outubro, o preço médio por litro foi R$ 1,62. A gasolina também subiu, 1,1%, com média de R$ 2,48 por litro. Mesmo com a alta, o álcool continua melhor opção para quem tem veículo flex.

Frentista 2 No restante do país, em outubro, quem optou pelo etanol pagou 4,9% a mais. Encher o tanque custou em média, 1,97/l. Em apenas nove Estados ainda compensa abastecer com álcool.

EXPANSÃO NO PROVADOR

A grife feminina Bobstore amplia sua presença no país com a abertura de sete lojas neste ano. Para o primeiro semestre de 2011 estão previstas outras sete, segundo o dono da marca, Raphael Sayhoun.
São Paulo terá dez lojas próprias no fim do ano que vem. "O valor investido nas aberturas é de R$ 14 milhões", diz. Hoje com quase 50 unidades e 200 multimarcas, o Brasil terá uma boa cobertura da grife após esta expansão, segundo Sayhoun, que está de olho no crescimento econômico do país. "Já estaremos em todas as cidades com 400 mil habitantes e clientes de classe A e B. Mas como o país está crescendo, outros locais podem virar alvo."
Umas das estratégias, que já tem sido praticada pela empresa, é a transformação de multimarcas em franquias. "Funciona naquelas em que o faturamento da Bobstore equivale a 50% do negócio", diz.

com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, FLÁVIA MARCONDES e JORDANA VIOTTO


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