São Paulo, terça-feira, 16 de novembro de 2010

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Empresário vai demitir parentes no grupo

DE SÃO PAULO

A fraude bilionária que pôs abaixo o império construído por Silvio Santos vai provocar a demissão de parentes do empresário e de sua mulher. No grupo, trabalham cerca de 40 familiares.
O empresário tomou a decisão de pôr fim ao "nepotismo" na sexta passada, em reunião com advogados.
A única empresa do grupo que deve escapar do corte de parentes deve ser o SBT.
Na emissora trabalham hoje, entre outros, em cargos de direção, um sobrinho de Silvio Santos, Guilherme Stoliar, e seu primo Leon Abravanel. Ambos têm sido ouvidos pelo empresário e acompanhado as investigações.
Segundo a Folha apurou, a revolta maior com o escândalo de R$ 2,5 bilhões, que praticamente quebrou o Banco PanAmericano, tem sido das filhas e da mulher de Silvio Santos, Íris Abravanel.
A mais ressentida é uma das filhas do empresário, Patrícia (sequestrada em agosto de 2001), que chegou a trabalhar diretamente com Rafael Palladino, então superintendente do banco.
Silvio Santos terá reuniões com diretores, gerentes e artistas do SBT ao longo da semana para discutir a situação do grupo. O objetivo é acalmar os funcionários.
O Grupo Silvio Santos decidiu processar os ex-diretores-executivos do PanAmericano e também a Deloitte, empresa de auditoria externa contratada para fazer a revisão das demonstrações financeiras do banco.
Principal acionista do banco, o empresário teve de dar como garantia todas as suas empresas para obter R$ 2,5 bilhões para cobrir o rombo.
O BC descobriu que o Pan- Americano vendeu carteiras de crédito para outras instituições, mas continuou contabilizando-as no balanço.
Para honrar o empréstimo, Silvio Santos terá de vender empresas. Ele também deve vender horário no SBT para igrejas evangélicas.


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