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Empresário vai demitir parentes no grupo
DE SÃO PAULO
A fraude bilionária que
pôs abaixo o império construído por Silvio Santos vai
provocar a demissão de parentes do empresário e de
sua mulher. No grupo, trabalham cerca de 40 familiares.
O empresário tomou a decisão de pôr fim ao "nepotismo" na sexta passada, em
reunião com advogados.
A única empresa do grupo
que deve escapar do corte de
parentes deve ser o SBT.
Na emissora trabalham
hoje, entre outros, em cargos
de direção, um sobrinho de
Silvio Santos, Guilherme Stoliar, e seu primo Leon Abravanel. Ambos têm sido ouvidos pelo empresário e acompanhado as investigações.
Segundo a Folha apurou,
a revolta maior com o escândalo de R$ 2,5 bilhões, que
praticamente quebrou o Banco PanAmericano, tem sido
das filhas e da mulher de Silvio Santos, Íris Abravanel.
A mais ressentida é uma
das filhas do empresário, Patrícia (sequestrada em agosto
de 2001), que chegou a trabalhar diretamente com Rafael
Palladino, então superintendente do banco.
Silvio Santos terá reuniões
com diretores, gerentes e artistas do SBT ao longo da semana para discutir a situação do grupo. O objetivo é
acalmar os funcionários.
O Grupo Silvio Santos decidiu processar os ex-diretores-executivos do PanAmericano e também a Deloitte,
empresa de auditoria externa
contratada para fazer a revisão das demonstrações financeiras do banco.
Principal acionista do banco, o empresário teve de dar
como garantia todas as suas
empresas para obter R$ 2,5
bilhões para cobrir o rombo.
O BC descobriu que o Pan-
Americano vendeu carteiras
de crédito para outras instituições, mas continuou contabilizando-as no balanço.
Para honrar o empréstimo,
Silvio Santos terá de vender
empresas. Ele também deve
vender horário no SBT para
igrejas evangélicas.
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