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Ajudada pelos programas de estímulo do governo, a economia japonesa foi a que mais cresceu no mundo rico no terceiro trimestre deste ano, mas a expectativa de analistas é que esse movimento não seja duradouro.
O PIB japonês se expandiu em 0,9% entre julho e setembro ante os três meses anteriores, quando cresceu 0,4%. O resultado supera o de todos os grandes europeus (que sofreram desaceleração) e o dos EUA, cujo PIB se acelerou de 0,4% para 0,5%.
Foi o quarto trimestre consecutivo de expansão da economia japonesa, mas o entusiasmo não é grande.
Isso porque são eventuais os fatores que permitiram o avanço no terceiro trimestre deste ano.
A economia, que deve perder para a China neste ano o posto de segunda maior do mundo, foi beneficiada pelo calor (o mais forte desde 1898), o que ajudou a aumentar o consumo de produtos como ar-condicionado.
Outro fator importante foi o avanço da compra de carros (com o fim do subsídio governamental para a aquisição de veículos que consomem menos combustível) e de cigarros, já que os consumidores fizeram estoques antes do aumento de 40% no imposto do produto, que entrou em vigor em outubro.
Com isso, os gastos dos consumidores (que representam 60% do PIB) cresceram 1,1% no terceiro trimestre, após se expandir em 0,1% nos três meses anteriores.

EXPORTAÇÕES
Porém outros setores da economia, especialmente o exportador, tiveram resultados bem distintos.
As exportações líquidas (ou seja, a contribuição das vendas ao exterior menos a dos importados) não contribuíram para o resultado do terceiro trimestre -de abril a junho, elas representaram 0,3 ponto percentual do PIB.
O resultado mostra as dificuldades enfrentadas pelas companhias locais para competir no mercado exterior, já que o iene está perto do seu maior valor em 15 anos, tirando a competitividade de um tradicional motor da economia japonesa.


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