São Paulo, quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

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Agência ameaça rebaixar a Espanha

Sinalização da Moody's provoca queda do euro e das Bolsas; chanceler alemã diz que "ninguém na UE será abandonado'

Legislativo espanhol avança em reforma previdenciária; Parlamento da Irlanda aprova empréstimo

EPAMINONDAS NETO
DE SÃO PAULO

A agência de classificação de risco Moody's advertiu ontem que pode rebaixar o "rating" soberano da Espanha nos próximos meses. O anúncio foi recebido com queda nas cotações do euro e com apelos à união de esforços entre os governos europeus.
As Bolsas europeias tiveram modestas, oscilando entre 0,1% e 0,5%, com exceção de Madri, que caiu 1,5%. A Bovespa recuou 1,27%. Em Nova York, o Dow Jones perdeu 0,17%. O dólar subir 0,3%, para R$ 1,70.
O "rating" representa uma recomendação sobre a solidez financeira de um país. Kathrin Muehlbronner, analista-chefe da Moody's para o país, ressalvou que a agência "não acredita que a solvência da Espanha esteja sob ameaça" nem espera que o país vá pedir ajuda à União Europeia, como Grécia e Irlanda.
Ontem, o Legislativo irlandês aprovou o empréstimo equivalente a R$°150 bilhões proposto pela UE e pelo Fundo Monetário Internacional.

REAÇÕES
Na Alemanha, a chanceler Angela Merkel foi duramente criticada pela oposição, por não deixar suficientemente claro que a principal economia do continente está disposta a ajudar os vizinhos -disseminando, assim, insegurança no mercado.
Em resposta, a premiê alemã disse que "ninguém na Europa será abandonado".
"O euro é nosso destino comum, a Europa é nosso futuro comum", emendou Merkel, que hoje participa da cúpula de líderes europeus para discutir uma saída à crise.
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, conclamou os líderes a buscar um consenso.
A ministra da Economia espanhola, Elena Salgado, prometeu adiantar a prestação de contas públicas, com a intenção de rebater o argumento das agências de risco de que o país está com dificuldades para reduzir deficit.
O Congresso espanhol definiu elementos da reforma previdenciária, cujo texto deve ser concluído hoje com a definição de uma nova idade para a aposentadoria.

Com agências internacionais


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