São Paulo, quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011 |
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FOCO Livraria americana Borders pede concordata nos EUA ANDREA MURTA DE WASHINGTON A cadeia de livrarias Borders entrou ontem com pedido de concordata nos EUA e anunciou fechamento de cerca de 200 lojas, reforçando temores sobre o futuro do setor no país. A ação, considerada a maior falência do ramo dos livros, vem sendo creditada, além de às más decisões de negócios, à competição com lojas virtuais como a Amazon.com e a demora a entrar no ramo dos e-books. A empresa informou ter dívidas no valor de US$ 1,29 bilhão (R$ 2,16 bilhões) e bens estimados em US$ 1,27 bilhão (R$ 2,12 bilhões). As vendas caíram mais de 12% no terceiro trimestre do ano passado. Financiamento de US$ 505 milhões (R$ 844 milhões) da GE Capital permitirá que siga operando enquanto se reestrutura sob o capítulo 11 da lei de falências americana. HISTÓRIA A Borders começou em 1971 como um sebo em Ann Arbor (Michigan). Opera mais de 650 lojas, das quais 500 são no formato superstore, e tem 19 mil funcionários. Por anos, a companhia manteve mentalidade expansiva, com acúmulo de lojas próximas umas das outras e dos concorrentes. Os problemas não são exclusivos da Borders, mas se espalham pelo setor. Sua principal concorrente, a cadeia Barnes & Noble, foi colocada à venda e anunciou fechamento de algumas lojas em 2010. As independentes também lutam para sobreviver. Na semana passada, uma das mais conhecidas, a Powell's Books (de Portland), demitiu 31 funcionários. Analistas do setor projetam redução de 50% em livrarias "físicas" em cinco anos e 90% em dez anos. Texto Anterior: Google lança sistema de cobrança por conteúdo Próximo Texto: Balanço mostra banco de Silvio inviável Índice | Comunicar Erros |
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